terça-feira, 2 de agosto de 2016

Venezuela assume Mercosul e firma compromisso com institucionalidade


Chancelaria da Venezuela
Delcy Rodríguez disse que seu país tem um compromisso sólido com a institucionalidadeDelcy Rodríguez disse que seu país tem um compromisso sólido com a institucionalidade
Segundo as regras do Mercosul, a presidência pró-tempore do organismo é passada de um país a outro a cada seis meses de acordo com a ordem alfabética. Portanto, depois do Uruguai, pela lógica, quem deve assumir é a Venezuela. O ministro interino das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, foi um dos pivôs do impasse. Ele, que apoiou o golpe de Estado contra Dilma, insinuou que o governo de Maduro, eleito em urnas, é “pouco democrático”.
Delcy Rodriguez participou de um programa televisivo da Telesur onde falou sobre o impasse e o processo de transferência do organismo. “Estamos seriamente comprometidos com a institucionalidade, com o Estado de Direito e com o respeito às normas do Mercosul”.
Para a chanceler, se a Venezuela tivesse sido impedida de assumir a presidência, como pretendia o Brasil e o Paraguai, o organismo “entraria num limbo onde não se sabe o que fazer, nem que normas cumprir”. Seria uma violação do regulamento vigente.
A ministra lembrou que esta não é a primeira vez que a direita internacional tenta atacar a Venezuela pra “fazer desaparecer a revolução bolivariana”. denunciou ainda as intenções dos governos de direita da Argentina, Brasil e Paraguai que formam uma “tríplice aliança” para atacar seu país e converter o Mercosul num mecanismo que sirva aos interesses do imperialismo.
“Estão afetando um mecanismo de união regional com o único pretexto de coloca-lo novamente no consenso de Washington. São os mesmos que pretendem voltar ao passado onde as políticas neoliberais submeterem nosso povo à pobreza, à desigualdade, à exclusão e à miséria”, advertiu a ministra.
Deixou claro ainda que o governo da Venezuela já tem uma agenda de ação para impulsionar, com o Mercosul, o fortalecimento do comercio regional. “O presidente Maduro tem planos importantes para a integração. [com destaque para o] protagonismo dos povos, o papel que jogam os trabalhadores, as mulheres e os povos autônomos”.
 
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