quinta-feira, 4 de agosto de 2016

TRAIRAGEM: O CASO JORDY E JADER BARBALHO MOSTRA A FORÇA DO INTERESSE FISIOLOGICO NA VOTAÇÂO DO IMPITIM


Ministro Hélder Barbalho e o senador Jáder: filho e pai. Foto Orlando Brito

No coquetel de comemoração da aprovação do impeachment pela Câmara,no dia 17 de abril, na casa
do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o presidente em exercício, Michel Temer, encontrou o 
deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) com quem não tinha muita proximidade.
Jordy se apresentou contando que, embora tenha trabalhado pelo impeachment e, portanto, para que 
Temer assuma o poder definitivamente, tinha dificuldades no Pará com o partido do vice-presidente, 
o PMDB, comandado no seu Estado pelo senador Jader Barbalho.
Temer respondeu que sabia “da contribuição” do deputado para a aprovação do impeachment e, 
quanto a Jader, respondeu:
— Não se preocupe. O Jader é um político experiente. Deu dois votos contra o impeachment aqui na 
Câmara. Ele sabe que escolheu um lado.
Jordy saiu dali feliz da vida.
Mas o Jader é um político experiente… Sua atual esposa, Simone Morgado, e a ex, Elcione 
Barbalho, são ambas deputadas pelo PMDB e haviam de fato votado contra o impeachment. Seu 
filho, Helder, era o ministro dos Portos do governo Dilma. e, passada a votação, na Câmara, pediu 
demissão.
Agora o Senado é quem decide definitivamente se haverá ou não impeachment. Na votação da 
admissibilidade do impeachment pelo Senado, Jader Barbalho não apareceu, ou seja, não deu seu 
voto para afastar a presidente Dilma Rousseff. Mas logo que assumiu, Temer nomeu Helder 
Barbalho para o comando de uma pasta até mais forte: o Ministério da Integração Nacional. E o 
Ao que tudo indica, Arnaldo Jordy ainda vai ter que esperar um tempo para ver Michel Temer 
romper com o velho cacique do Pará. Ou vice-versa.
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