O Perfil de Rui Falcão, presidente do PT. Foto Orlando Brito
Por Andrei Meireles
Em uma estratégia, como descreveu aqui Helena Chagas, de tentar preservar sua biografia, a
presidente afastada Dilma Rousseff transferiu a responsabilidade por eventuais erros e supostos
crimes em suas campanhas eleitorais ao PT. Em particular, ao ex-tesoureiro João Vaccari Neto.
Como também eu disse por aqui, mexer com Vaccari, o homem-bomba capaz de implodir o partido,
é ultrapassar uma derradeira linha em que Lula e a cúpula petista sempre tentou preservar.
Pois bem. O troco chegou. Depois de avanços e recuos, Dilma resolveu escrever uma carta aos
senadores com a defesa de um plebiscito para decidir sobre a realização ou não de novas eleições
presidenciais. Mais um factoide. Esperava-se que o PT lhe desse algum respaldo nem que fosse
apenas para alimentar a luta política.
O PT se reuniu nessa quinta-feira (4) e resolveu dar um troco em Dilma. Rui Falcão, presidente do
O PT se reuniu nessa quinta-feira (4) e resolveu dar um troco em Dilma. Rui Falcão, presidente do
partido, anunciou a posição do partido contra o tal plebiscito, porque, se tudo fosse bem sucedido, as
eleições ocorreriam em 2018, exatamente como prevê o calendário eleitoral. Falcão classificou a
proposta endossada por Dilma como “artifício para tentar enganar quem não vai ser enganado”,
referiu-se aos senadores.
Se insistir na estratégia de se mostrar como vítima de tudo e de todos, inclusive do seu próprio
Se insistir na estratégia de se mostrar como vítima de tudo e de todos, inclusive do seu próprio
partido, Dilma vai acabar sozinha. Se é que já não está. Em condições diferentes, com papéis
distintos, pode ter um fim tão patético quanto o do ex-presidente Fernando Collor.
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