quarta-feira, 24 de agosto de 2016

REPUBLICA DOS PATETAS: A CENSURA AO FILME ‘AQUARIUS’



por Leandro Fortes, no Facebook

Além da repressão e do arbítrio, uma das principais características de toda ditadura é o ridículo.
A ocupação do espaço público de forma ilegítima, sem voto nem sustentação constitucional, torna o 
governo uma ferida aberta para todo tipo de parasita, sobretudo os mais patéticos, os mais 
mesquinhos.
Essa decisão de impor uma censura de 18 anos ao filme Aquarius - Filme é uma dessas retaliações 
que só um governo ridículo, comandado por imbecis, poder ter coragem de fazer assim, à luz do dia.
É o tipo de censura que os patetas de 1964 faziam à imprensa por meio de bilhetinhos enviados às 
redações, um mosaico nonsense de mensagens que ajuda a entender o tamanho do ridículo daquela 
ditadura.
Incrível é que, ainda assim, em nome da doença do antipetismo e com a força do protofascismo 
nacional, estejamos às vésperas da consolidação de um golpe de Estado.
Para manter essa gente, ridícula e mesquinha, sem voto e sem vergonha, no poder.
***
Aquarius | Diretor do filme se revolta com censura por 
“conteúdo sexual”

no Observatório do Cinema

O diretor Kleber Mendonça Filho não se conforma com a classificação indicativa “para maiores de 
18 anos” dada ao seu filme Aquarius, estrelado por Sônia Braga e aplaudido em Cannes.
Segundo o jornal O Globo, a classificação foi atribuída por “situações sexuais complexas”, mesmo 
que o diretor negue veementemente que o filme tenha qualquer conteúdo que justifique a decisão.
“Surpresos com a Censura ’18 anos’ dada a Aquarius pelo Ministério da Justiça. É incrível ver que 
Aquarius está se tornando o filme mais controvertido do ano, aparentemente por celebrar a vida de 
maneira generosa, por ter um ponto de vista social e político forte e ainda trazer como personagem 
principal essa coisa assustadora para muita gente que é uma mulher forte, que não leva desaforo para 
casa”, escreveu a produção do filme no Facebook.
Na trama de Aquarius, Sônia Braga interpreta uma senhora que se recusa a se mudar do seu 
apartamento mesmo quando se torna a última moradora do prédio, que uma companhia quer comprar 
para demolir. A personagem jura que só sairá de sua casa quando estiver morta.
A Netflix comprou os direitos de distribuição internacional do filme, mas no Brasil o longa sai no dia 
1º de setembro nos cinemas.
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