sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O ÓDIO TRANSFORMOU O SENADO EM CÂMARA E RENAN EM DELCIDIO. ASSISTA



Como no dia em que Joaquim Barbosa disse a Gilmar Mendes que ele não estava falando “com seus 
capangas lá do Mato Grosso” no plenário do Supremo Tribunal Federal, a sessão do Senado Federal 
tem de ser suspensa.
Só pode continuar por muita falta de vergonha, depois do episódio provocado, no microfone do 
plenário, pelo senador Renan Calheiros, dizendo que Gleisi Hoffman não poderia falar que a Casa 
“não tinha moral” para julgar a presidenta Dilma Rousseff, porque ele, ” o presidente do Senado 
Federal conseguiu no Supremo Tribunal Federal desfazer o seu indiciamento e do seu esposo, que 
havia sido feito pela Polícia Federal.”
Gleisi nega, mas ainda que seja verdade, é a confissão pública que Renan pressionou indevidamente 
o Supremo e que este aceitou a pressão e interferiu indevidamente num inquérito.
Confissão feita diante do presidente do STF, que presidia a sessão.
O que fez Renan só se diferencia daquilo que levou Delcídio do Amaral à prisão pro ser mais 
explícito e feito em público e diante de Lewandowski.
Gleisi dizer que o Senado não tem moral para julgar Dilma é uma opinião. Pode-se discordar dela, 
embora o fato de diversos senadores – o próprio Renan, Romero Jucá, Aécio Neves e Aloysio 
Nunes, para ficar com os “graúdos” estão sendo investigados pelo recebimento de vantagens, 
delatados – a maioria – mais de uma vez.
Já o que fez Renan é a confissão de um fato e um fato criminoso.
Como todos são mesmo imorais, vão continuar, fingindo que Renan não disse nada e prometendo 
todos serem bons meninos e meninas, para que o julgamento ande rápido e não atrapalhe a viagem 
de Michel Temer ao exterior.
Se o Senado não tinha moral para julgar a Presidenta da República, certamente agora não tem, 
quando dentro dele, diante das câmaras de TV e do presidente do STF se confessa um crime e nada 
acontece, a não ser servirem um copo d’água com açúcar a Renan Calheiros.

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