POR FERNANDO BRITO
Na Folha, a Procuradoria Geral da República confirma que está oficialmente “rompida” a negociação
da delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, , ex-presidente da OAS.
Como se comentou mais cedo aqui, a partir do noticiário de O Globo, é estranho que Janot trate isso
como um simples “rompimento”, como se a relação entre o MP e os delatores fosse um namorico
inconsequente.
Não é.
O acordo de confidencialidade que foi rompido é um compromisso legal e sua quebra tem de gerar
consequências.
É, portanto, indispensável saber quem o quebrou, Se foram os promotores ou os policiais federais
cometeram crime de violação de sigilo funcional e devem responder por isso.
A PGR parece partir do princípio que foram os advogados da OAS, para “melar” o acordo de
delação.
Isso não faz o menor sentido, porque a delação ser aceita é a esperança de Léo Pinheiro em ver
reduzida a pena de mais de 16 anos de prisão a que foi sentenciado. Por que iria comprometer sua
única chance de ser mais um no paraíso das tornozeleiras?
Se não é a ele quem interessa, a quem interessa.
Parece que o Dr. Janot não quer saber.
Se o Ministro Dias Tóffoli quiser honrar a toga que enverga, tem a obrigação de oficiar a Janot
pedindo a apuração do vazamento para a Veja.
Se…
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