quinta-feira, 4 de agosto de 2016

ESPERANDO POR TEMER NO MARACANÁ


Temer só terá 10 segundos de fala - vai dizer "Declaro abertos os jogos do Rio, celebrando a 
31ª Olimpíada da era moderna" - mas como corre o risco de receber uma manifestação 
contrária de carinho de um estádio lotado, a estratégia será colocar "o som de uma música ou 
efeito sonoro de fundo em alto volume". Assim, os meios eletrônicos de mídia conseguirão 
disfarçar "um possível momento constrangedor com vaias ou xingamentos do público contra 
Temer."

Que Michel Temer tomará uma vaia de grandes proporções no Maracanã, na abertura da Olimpíada 
não é previsão que mereça outro nome senão de obviedade.
Tanto que Patricia Campos Mello, na Folha,ontem, já relata as providências para que pareçam 
menores, através de “efeitos especiais”.
A organização da Olimpíada planeja fazer uma operação “abafa vaia” na cerimônia de abertura dos 
jogos, que se realiza no Maracanã, no dia 5 de agosto.Logo depois de o presidente interino Michel 
Temer falar, a organização planeja aumentar o som de uma música ou efeito sonoro de fundo em alto 
volume no estádio. Segundo a Folha apurou, o objetivo é evitar que as emissoras de televisão captem 
um possível momento constrangedor com vaias ou xingamentos do público contra Temer.
Nestes tempos de mentiras midiáticas, não surpreende que preparem e até confessem a manipulação 
para que mais de um bilhão de espectadores não vejam e ouçam, mesmo com uma platéia que não 
lhe é a mais hostil – quem tem renda para comprar ingressos cuja ultima leva foi vendida esta 
madrugada por preços entre R$ 200 e R$ 4,6 mil, dos quais, pelos testemunhos de quem tentou 
comprar, só se encontravam os de mais de R$ 3 mil?
Ainda assim, vão fazer o que o jornalista Fernando Molica chamou, com felicidade, de “doping 
sonoro” para que Temer dispute a dura prova de impopularidade que terá de passar.
Com “som na caixa, DJ” ou cortes rápidos de imagem, o objetivo é criar a impressão de que “não foi 
tanto assim”.
Parece ser este, aliás, o objetivo de todo o Governo Temer, ser visto como “nem tão ruim assim”.
Não será fácil.
Alcançar a simples mediocridade, para Michel Temer, equivale a escalar o Everest.
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