quarta-feira, 13 de julho de 2016

SE O PT NÂO APOIAR ERUNDINA É PORQUE JÁ ACABOU SEU PAPEL DE ESQUERDA


Erundina no lugar que lhe cabe

Simbologia.
Tudo é uma questão de simbologia na escolha do PT para o candidato a quem apoiar na sucessão de 
Eduardo Cunha.
Ou deveria ser.
O pragmatismo deu no que deu.
Por isso o provável apoio a um nome do PMDB é uma tragédia em termos de imagem para o PT, 
algo comparável ao sinistro abraço entre Lula e Maluf nas eleições para a prefeitura de São Paulo em 
2012.
Não adianta ponderar que é um peemedebista que votou contra o impeachment. Que é alguém que 
desagrada Temer. Que não é da gangue de Cunha.
É do mesmo PMDB que esfaqueou Dilma nas costas e, dado o golpe, colocou em ação um programa 
que vai matando meticulosamente os avanços sociais dos últimos anos.
O abraço de Maluf e Lula foi dar nas Jornadas de Junho. Chega dessa política pútrida, gritaram os 
jovens que pararam São Paulo. A popularidade de Dilma despencou e jamais se recuperou.
Onde vai dar o provável apoio a um homem do PMDB?
Não há saída para o PT que fuja de Erundina. Ou não deveria haver. Dane-se o pragmatismo. Os 
brasileiros não suportam mais isso.
É tempo de causas, de ética, de alguma pureza pelo menos.
É preferível perder com dignidade, e com Erundina, a ganhar com vergonha, e com um homem do 
partido que promoveu um golpe de estado.
Se optar pelo pragmatismo, o PT vai mostrar que não aprendeu nada na adversidade, e vai merecer 
cada uma das inevitáveis consequências.
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