sexta-feira, 29 de julho de 2016

PETIÇÃO DE LULA À ONU GANHA DESTAQUE NA MÍDIA INTERNACIONAL


Há muita marola no tal laudo da Polícia Federal sobre a participação de um engenheiro da 
Odebrecht no sítio frequentado por Lula, em Atibaia (SP). O laudo chega ao absurdo de não 
diz do que Lula é acusado. E ele vai à corte da ONU pedir garantias.

Lula fez muito bem em denunciar Moro ao mundo
Num mundo menos imperfeito, Lula jamais teria que recorrer a um tribunal internacional para se 
defender de acusações que lhe são feitas no Brasil.
Mas este mundo em que vivemos é muito imperfeito — e isto quer dizer que Lula agiu muito bem 
em bater nas portas da Comissão de Direitos Humanos da ONU.
No centro do apelo de Lula está o que todos sabem, embora poucos falem: Moro é um juiz parcial, 
tendencioso, inconfiável.
É um juiz da plutocracia, um homem que não faz cerimônia nenhuma em aparecer ao lado de 
homens como os irmãos Marinhos em celebrações.
É evidente que ele vai condenar Lula, quaisquer que sejam as circunstâncias, se puder. Condenar e 
prender.
Os fatos não contarão nada, assim como no julgamento de Dilma pelo Senado.
Moro é um juiz da linha de Gilmar Mendes. Você consegue ver Gilmar julgando qualquer causa 
relativa ao PT que não seja com uma tonitruante condenação?
É uma medida extrema a de Lula, mas tempos excepcionais demandam ações igualmente 
excepcionais, para lembrar a grande frase do rebelde britânico Guy Fawkes.
Fingir que Moro e a Lava Jato são neutros só serve à plutocracia e a ambos, Moro e Lava Jato.
Um dos erros graves de Dilma e do PT não foi, lá para trás, ter reagido à altura quando se 
caracterizaram os abusos da Lava Jato. Não tardou que ficasse claro que o objetivo de Moro era 
extirpar Lula, Dilma e o PT — e não a corrupção.
Dilma, Lula e o PT sempre contemporizaram com a farsa de Moro e da Lava Jato, dentro de uma 
estratégia fracassada de republicanismo suicida.
Coube a Lula, ainda que com atraso, dizer verdades sobre Moro, primeiro no plano interno e agora 
no cenário internacional.
As pessoas lá fora desconhecem o que se passa no Brasil. O jornalista americano Glenn Greenwald 
disse nunca ter visto uma mídia como a brasileira. Ele só viu o horror por viver aqui. O advogado 
australiano contratado por Lula foi na mesma linha: disse ser inconcebível, em sua terra, um juiz 
como Moro.
Vivemos uma guerra movida pela plutocracia. O jornalismo que se pratica nas corporações é de 
guerra. A justiça que se faz nos tribunais mais elevados é de guerra.
Que essa guerra seja, ao menos, reconhecida e denunciada por suas vítimas.
O recurso de Lula está impregnado de um forte componente simbólico. A direita brasileira 
tradicionalmente aumenta a violência contra a democracia quando não há resposta a seus ataques.
Lula respondeu. Jogou em escala mundial luzes sobre o caráter de Moro e da Lava Jato.
Moro vai ter que ser mais cuidadoso com seus passos, para não dar completa razão a Lula.
Ele será observado pelo mundo, uma situação nova e desconfortável para quem jamais recebeu 
nenhum tipo de fiscalização no Brasil e por isso pôde cometer abusos em série.
Recurso do ex-presidente Lula apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, 
contra abuso de poder do juiz Sérgio Moro, na Lava Jato, tem repercussão nos principais jornais do 
mundo: “A ONU pode fazer recomendações sobre o caso de Lula, aconselhando as autoridades 
brasileiras a rever e corrigir procedimentos, de acordo com os advogados”, diz a Bloomberg; “Caso 
de direitos humanos do ex- presidente do Brasil procura colocar métodos dos promotores em 
julgamento”, destaca o Financial Times; já o Guardian destaca alegações do advogado Geoffrey 
Robertson, que aponta o problema das detenções feitas sem julgamento e critica a forma como vem 
sendo feitos acordos de delação premiada no Brasil: "O juiz tem o poder de deter o suspeito 
indefinidamente até obter uma confissão e uma delação premiada. Claro que isso leva a condenações 
equivocadas baseadas nas confissões que o suspeito tem que fazer porque quer sair da prisão"


O recurso do ex-presidente Lula apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, 
contra abuso de poder do juiz Sérgio Moro, na Lava Jato, ganhou repercussão nos principais jornais 
do mundo.
A petição foi apresentada nesta quinta-feira, 28, na sede do Comitê da ONU, em Genebra (Suíça), 
pelos advogados Geoffrey Robertson e Cristiano Zanin.
“A ONU pode fazer recomendações sobre o caso de Lula, aconselhando as autoridades brasileiras a 
rever e corrigir procedimentos, de acordo com os advogados”, diz a Bloomberg.
“Caso de direitos humanos do ex- presidente do Brasil procura colocar métodos dos promotores em 
julgamento”, destaca o Financial Times.
Já o Guardian destaca alegações de Robertson, que aponta o problema das detenções feitas sem 
julgamento e critica a forma como vem sendo feitos acordos de delação premiada no Brasil: "O juiz 
tem o poder de deter o suspeito indefinidamente até obter uma confissão e uma delação premiada. 
Claro que isso leva a condenações equivocadas baseadas nas confissões que o suspeito tem que fazer 
porque quer sair da prisão".
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