terça-feira, 19 de julho de 2016

O SONEGADOR DA FIESP, OS PATOS DA PAULISTA E A CORJA DE LARÁPIOS


O sonegador da Fiesp e os patos da Paulista

Por Altamiro Borges, em seu blog

Após esconderem as suas máscaras carnavalesca do “Japonês da Federal”, o contrabandista, muitos 
midiotas devem estar pensando o que farão com os patinhos amarelos distribuídos pela Federação 
das Indústrias de São Paulo (Fiesp) nas marchas golpistas pelo impeachment de Dilma.
Nesta segunda-feira (18), o Estadão revelou que um importante diretor da entidade patronal deve R$ 
6,9 bilhões em impostos ao governo federal — mais do que as dívidas dos estados da Bahia e 
Pernambuco.
O jornal oligárquico, que adora usar adjetivos contra os seus adversários políticos, evita chamar o 
ricaço de “sonegador” ou “corrupto”.
Mas a matéria confirma que os midiotas serviram de massa de manobra aos falsos moralistas que se 
travestem de éticos para enganar os otários. Vale conferir alguns trechos:
O empresário Laodse de Abreu Duarte, um dos diretores da Federação das Indústrias do Estado de 
São Paulo (Fiesp), é o maior devedor da União entre as pessoas físicas. Sua dívida é maior do que a 
dos governos da Bahia, de Pernambuco e de outros 16 Estados individualmente: R$ 6,9 bilhões.
Laodse – que já foi condenado à prisão por crime contra a ordem tributária, mas recorreu – é um dos 
milhares de integrantes do cadastro da dívida ativa da União, que concentra débitos de difícil 
recuperação. Além de Laodse, aparecem no topo do ranking dos devedores pessoas físicas dois de 
seus irmãos: Luiz Lian e Luce Cleo, com dívidas superiores a R$ 6,6 bilhões.
No caso desses três irmãos, quase a totalidade do valor atribuído a cada um diz respeito a uma 
mesma dívida, já que eles eram gestores de um mesmo grupo empresarial familiar que está sendo 
cobrado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
A soma dos valores devidos por empresas e pessoas para o governo federal ultrapassou recentemente 
R$ 1 trilhão. São milhões de devedores, mas uma pequena elite domina o topo desse indesejável 
ranking: os 13,5 mil que devem mais de R$ 15 milhões são responsáveis, juntos, por uma dívida de 
R$ 812 bilhões aos cofres federais – mais de três quartos do total devido à União.
O débito desses maiores devedores representa cinco vezes o buraco total no Orçamento federal 
previsto para 2016.
Nesse grupo – que exclui dívidas do estoque previdenciário, do FGTS e dos casos em que há 
suspensão da cobrança por determinação judicial – estão desde empresas quebradas, como a Varig e 
a Vasp, mas também motores do PIB nacional, como a Vale, a Carital Brasil (antiga Parmalat) e até 
a estatal Petrobras.
Mas como pessoas físicas chegam a dever tanto ao Fisco? A explicação é que os integrantes da 
família Abreu Duarte foram incluídos como corresponsáveis em um processo tributário que envolveu 
uma de suas empresas, a Duagro – que deve, no total, R$ 6,84 bilhões ao governo.
Segundo a Fazenda, a empresa realizou supostas operações de compra e venda de títulos da 
Argentina e dos Estados Unidos sem pagar os devidos tributos entre 1999 e 2002. Denúncia do 
Ministério Público apontou que a Duagro “fraudou a fiscalização tributária.” Para o MP, há dúvida 
sobre a real existência dos títulos negociados, já que alguns não foram lançados nas datas registradas 
na contabilidade.
A Procuradoria suspeita que a empresa tenha servido como “laranja” em “um esquema de sonegação 
ainda maior, envolvendo dezenas de outras renomadas e grandes empresas, cujo valor somente 
poderá vir a ser recuperado, em tese, se houver um grande estudo do núcleo central do esquema”.
Segundo o site da Fiesp, Laodse é um dos atuais 86 diretores da entidade, sem especificação. Ele 
também integra o Conselho Superior do Agronegócio da federação e preside o Sindicato da Indústria 
de Óleos Vegetais e seus derivados em São Paulo.
Foi esta corja de larápios que orquestrou e financiou o “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta 
eleita democraticamente pela maioria dos brasileiros.
No maior cinismo, ela incentivou as marchas contra a corrupção e distribuiu os patinhos amarelos na 
Avenida Paulista.
Acostumada a fazer lobby para corromper políticos, ela nunca teve qualquer compromisso com a 
ética.
Seu intento sempre foi o de sabotar o “reformismo brando” dos governos Lula e Dilma que garantiu 
alguns avanços sociais nos últimos anos.
Seu desejo sempre foi o de sonegar impostos, remeter ilegalmente suas fortunas ao exterior, retirar 
direitos trabalhistas e reduzir os gastos nas áreas sociais para elevar os seus lucros.
Na prática, os midiotas que carregaram os patinhos da Fiesp foram os patéticos patos dos 
sonegadores!
_____________________________________

Nenhum comentário: