quarta-feira, 20 de julho de 2016

Juízes como Gilmar Mendes e Sérgio Moro tem sorte de não atuarem na Turquia


Antijuízes

por : Carlos Fernandes

Após o malfadado golpe militar que tentou depor um governo democraticamente eleito na Turquia, o 
país vem cobrando duramente as responsabilidades dos agentes públicos, civis e militajres direta ou 
indiretamente envolvidos.
Nesta segunda (18), o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou que mais de 7.500 pessoas 
foram presas em todo o território nacional. Desses, 6.038 são soldados e cerca de 70 são oficiais de 
alta patente do exército, incluindo-se o próprio assessor militar do presidente Recep Tayyip Erdogan.
No âmbito do poder judiciário a situação não é melhor. Até agora 2.745 juízes e promotores foram 
presos ou afastados de suas funções por suposto envolvimento no golpe. 2 são integrantes do 
Tribunal Constitucional (o equivalente ao STF no Brasil) e 10 fazem parte do Conselho Superior de 
Magistratura.
Para os excelentíssimos magistrados da Turquia a tentativa de golpe está saindo extremamente cara. 
Por lá, a verdadeira imunidade que gozam os togados do Brasil não lhes dá o direito de atentar contra 
a Constituição Federal.
Por aqui, políticos desfaçados de juízes atuaram, e ainda atuam, aberta e diuturnamente para 
desestabilizar um governo – a exemplo da Turquia – democrático, legal e legitimamente eleito.
As pirotecnias de Sérgio Moro ao conduzir coercitiva e ilegalmente o ex-presidente Lula para depor 
na PF e a divulgação, igualmente ilegal, de gravações telefônicas que envolviam políticos com foro 
privilegiado são apenas dois exemplos da atuação de um juiz federal a serviço de uma plutocracia 
que há mais de uma década não consegue chegar ao poder através das urnas.
Gilmar Mendes, por sua vez, é a síntese acabada da podridão ideológica-partidária que tomou conta 
dos tribunais de justiça desde a mais erma cidadezinha interiorana até a mais alta corte do país.
Gilmar vem durante anos desmoralizando todo o judiciário e atentando contra a estabilidade 
democrática brasileira ao agir, julgar e opinar de acordo com as suas convicções políticas e não de 
acordo com os preceitos constitucionais que deveriam ser o norteador de um homem que recebeu a 
honra de guardar e proteger a Carta Magna de uma nação.
Em qualquer país verdadeiramente democrático onde as instituições são realmente fortes e 
independentes, esses dois juízes – e não só eles – já teriam sido no mínimo afastados de suas funções 
pela clara suspeição e gritante parcialidade de suas decisões.
Muito pelo contrário disso, continuam livremente exercendo suas atividades partidárias ao arrepio da 
lei contra àquele a que imputam, hipocritamente, ser o criador e mantenedor de toda a corrupção 
secular do Brasil: o Partido dos Trabalhadores.
Por tudo isso, não é à toa que Erdogan, ao retornar ao poder em grande medida garantido pela ação 
dos cidadãos turcos nas ruas, não titubeou ao afirmar que “a Turquia não é um país da América 
Latina que tenta derrubar o governo e voltar a seus quartéis”.
Gilmar Mendes e Sérgio Moro que o digam.
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