Militar reformado foi indicado por seu partido, o PSC, e sofreu resistência de movimentos
O Governo interino de Michel Temer desistiu de nomear o general reformado Sergio Roberto
Peternelli para a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai), após dias de pressão de
movimentos indigenistas. O anúncio foi feito pelo ministro Geddel Vieira Lima, da secretaria de
Governo, e pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
A decisão foi tomada depois de uma reunião com uma comissão de indígenas que protestava em
A decisão foi tomada depois de uma reunião com uma comissão de indígenas que protestava em
frente ao Palácio do Planalto. O ministro Alexandre de Moraes disse que, agora, vão procurar
alguém que tenha desenvolvido trabalhos na área e dialogue com todas as comunidades indígenas.O
nome de Peternelli havia sido indicado pelo PSC, e havia sido aprovado pela Abin (Agência
Brasileira de Inteligência), um procedimento de praxe para todos os comissionados que assumem
cargos no Governo Federal. Segundo Moraes, não está certo se o novo presidente da Funai será
alguém do PSC ou de outra área.
Após a retomada da democracia, a presidência da Funai foi ocupada por militares somente durante o
Governo Collor (1990 a 1992): de março a agosto de 1990, pelo coronel Airton Alcântara, e de
agosto de 1990 a julho de 1991, pelo suboficial da Reserva da Aeronáutica, o sargento Cantídio
Guerreiro Guimarães. A indicação de Peternelli era considerada especialmente polêmica porque seu
partido o PSC é conservador.
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