sábado, 9 de julho de 2016

CU...NHA NO WHATSAPP: TEMOS O PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Mensagens do celular de Eduardo Cunha, que renunciou à presidência da Câmara, confirmam 
que o interino Michel Temer participa da articulação para salvar o seu mandato; "Temos 
condição diferente hj por termos o presidente da República", escreveu ele no grupo do PMDB; 
Cunha ainda deu a entender que renunciou para evitar que Waldir Maranhão aceitasse o 
impeachment de Temer; denunciado por vários crimes, Cunha conta com Temer para escapar 
da cassação; com isso, cerca de 200 deputados e o próprio Temer poderiam se ver livres de 
uma delação premiada que implodiria o Congresso e o PMDB

247 - Horas após renunciar à presidência da Câmara na quinta-feira (7), o deputado afastado Eduardo 
Cunha (PMDB-RJ) mandou uma série de mensagens em um dos grupos de WhatsApp da bancada do 
PMDB. O peemedebista retomou sua participação no aplicativo de mensagens para entrar em 
campanha pela escolha de um sucessor que venha do chamado "centrão", grupo de deputados sobre o 
qual mantém influência.
Demonstrando sua relação de proximidade com o presidente interino Michel Temer, Cunha disse que 
o PMDB tem hoje "condição diferente" uma vez que ocupa a presidência da da República. "Temos 
condição diferente hoje por termos o presidente da República", afirmou
Ele também alardeou uma suposta tentativa de "golpe" contra o presidente interino Michel Temer.
Para convencer os peemedebistas a terem pressa na votação da escolha do novo presidente da 
Câmara, Cunha sinalizou que, com Waldir Maranhão à frente dos trabalhos, a Casa permaneceria 
paralisada na última semana antes das férias dos congressistas e - ainda mais grave - haveria margem 
"ao golpe que querem fazer de aceitar o impeachment de Michel".
Nas mensagens, Cunha também agradece aos peemedebistas pelo "carinho" e a "solidariedade" e faz 
uma autodefesa, dizendo que a composição da Mesa Diretora - que acumula candidatos à presidência 
- não foi de sua escolha, mas sim de cada partido. Ele faz referência direta ao vice-presidente Waldir 
Maranhão e ao primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), ex-aliado que tenta ocupar 
sua agora vaga cadeira. "Belo (sic), em uma pesquisa rápida, responde a três inquéritos no STF, além 
de duas ações penais", ataca o peemedebista. "Nunca podemos esquecer que vencemos a eleição em 
primeiro turno em aliança com vários partidos. Ninguém sozinho ganha a eleição", continua.
O ex-líder tentou ainda quebrar a resistência do PMDB para ceder a presidência a outro partido: ele 
afirmou que a legenda tem hoje uma "condição diferente" por estar na Presidência da República e do 
Senado. Para Cunha, são "remotas as chances" de aceitarem o partido também no comando da 
Câmara.
Ele saiu também em defesa do chamado centrão e afirmou que o grupo "não é contra" o PMDB.
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