sábado, 9 de julho de 2016

COMO A DOENÇA DA TEMERITE MATOU A FESTA DAS OLIMPIADES: FALA DE TEMER NA RIO 2016 TERÁ SÓ 10 SEGUNDOS


Uma calamidade pública

por : Paulo Nogueira

Falta menos de um mês para as Olimpíadas, e o Brasil está melancólico.
Nada remete ao sentimento de festa e expectativa que normalmente deveria se espalhar pelo país 
numa situação destas.
O mal que aflige o país chama-se temerite. É a melancolia derivada da figura depressiva de Michel 
Temer.
A mera existência de Michel Temer entristece e rebaixa os brasileiros.
Num momento em que o país necessita dramaticamente de alguém que empolgue e devolva o 
otimismo e a autoestima à sociedade, Temer é o exato oposto disso.
Não vou nem falar da forma imunda como ele chegou ao poder, que isso já é suficientemente 
conhecido. Também não vou citar as pesadas suspeitas de corrupção que pesam sobre ele. E vou 
deixar de lado sua ligação de irmão siamês com Eduardo Cunha.
Vou me deter em outra coisa: Temer não tem nenhuma das características que um líder deve ter.
Imagine uma empresa em crise. É essencial, para ela não morrer, que um líder faça os funcionários 
acreditarem que uma virada é possível. Tem que ser alguém que fascine, inspire confiança, seja visto 
como um capitão e um visionário.
Temer não preenche nenhuma das características acima. Ele não é sequer respeitado pela plutocracia 
que o pôs no Planalto pela porta dos fundos. É ridículo com seu palavreado arcaico em que aqui e ali 
são apostas mesóclises que já no tempo de Jânio Quadros eram ultrapassadas.
Numa corporação, alguém como Temer jamais chegaria ao topo, sobretudo em circunstâncias 
complicadas que demandam um choque de fé, de esperança.
Ele pareceria, numa corporação sob risco de vida, muito mais o coveiro do que o ressuscitador.
E é este homem que está na presidência do Brasil. Isto é uma tragédia nacional.
Será terrível se ele permanecer onde está até 2018. Uma calamidade. Lamentavelmente, as chances 
de que isso ocorra não são pequenas.
As ruas não se ergueram contra ele e contra o golpe, não, pelo menos, na medida que se impunha. É 
como se a esquerda tivesse se resignado, ou por preguiça ou por falta de crença em sua capacidade 
mobilizadora. Até os jovens secundaristas estão com os traseiros no sofá.
Tudo isso resulta numa imensa apatia, numa tristeza funda, soturna, brutalmente imcompatível com 
o alarido feliz que deveria antecipar as Olimpíadas.
É a temerite, uma doença que por muitos anos atormentará os brasileiros — mesmo depois que o 
vírus que a provocou, Temer, for apenas uma nota de rodapé na história.

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