Brito vai fundo na denúncia da propina interina...
Fernando Brito, no Tijolaço: Quem é o Grizzo, da Argeplan e amigo do Temer? Perguntem ao Moro…
Depois da sensacional revelação de hoje do Paulo Henrique Amorim, em seuConversa Afiada, de
que a origem do conglomerado empresarial do coronel reformado da PM paulista João Baptista de
Lima, apontado pelo delator José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, como intermediário na
arrecadação de recursos ilícitos em um dos contratos da Eletronuclear, como “pessoa de total
confiança de Michel Temer” que teria favorecido a contratação da empresa Argeplan para as obras
de Angra 3 era uma modestíssima empresa de paisagismo, de apenas 500 reais de capital social, o
Tijolaço foi atrás da história do famoso Lima, já que a nossa investigativa imprensa não vai.
E acabou encontrando outra incrível coincidência, como você verá adiante.
Lima, como se sabe, é o citado como “sócio de Temer” numa caixinha de propinas do porto de
Lima, como se sabe, é o citado como “sócio de Temer” numa caixinha de propinas do porto de
Santos, que apareceu numa ação de pensão alimentícia movida pela ex-mulher de outro propineiro.
Amorim mostra que ele tinha sociedade numa pequena empresa de paisagismo, a PDA – Projetos e
Amorim mostra que ele tinha sociedade numa pequena empresa de paisagismo, a PDA – Projetos e
Direção de Arquitetônica e, com ela, criou a PDA – Participações e Administração, uma holding
empresarial (veja aqui a certidão da Junta Comercial de SP), com capital de R$100 mil, em 31 de
outubro de 2011.
Um mês e meio antes, em 15 de setembro, Lima havia se tornado sócio da Argeplan, uma empresa
Um mês e meio antes, em 15 de setembro, Lima havia se tornado sócio da Argeplan, uma empresa
voltada originalmente para projetos de arquitetura, o que pode ser comprovado pela reprodução de
uma das páginas de sua ficha cadastral na Jucesp (veja aqui).
Tanto a Argeplan não se voltava para a área de construções que não tinha, como manda a lei, um
Tanto a Argeplan não se voltava para a área de construções que não tinha, como manda a lei, um
diretor-técnico para isto. Só passou a ter quando para esta função foi indicado o senhor Geraldo
Grizzo, como você pode verificar na reprodução do registro da Junta Comercial ao lado.
E o que tem o senhor Grizzo?
Uma história bem interessante.
É o presidente do PMDB de Jaú, em São Paulo, e no jornal Correio de Jahu diz ter intimidade com
E o que tem o senhor Grizzo?
Uma história bem interessante.
É o presidente do PMDB de Jaú, em São Paulo, e no jornal Correio de Jahu diz ter intimidade com
Temer:
Grizzo, que esteve com Temer há pouco mais de um mês, pretende agendar audiência no Planalto de
Grizzo, que esteve com Temer há pouco mais de um mês, pretende agendar audiência no Planalto de
que participarão Agostini e o vice-prefeito Sigefredo Griso (PMDB). A intenção é destrancar a
principal vitrine do governo federal em Jaú – as obras de mais de R$ 40 milhões do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
Talvez tenha mesmo, porque foi um modesto doador (R$ 1,5 mil) da campanha de Temer a deputado
Talvez tenha mesmo, porque foi um modesto doador (R$ 1,5 mil) da campanha de Temer a deputado
federal, em 2006.
Mas não é só isso.
Grizzo esteve metido em boas confusões.
Na Operação Curaçao da Polícia Federal, seu nome apareceu como um “laranja” de US$ 24 milhões.
É o que escreveu ninguém menos do que o Dr. Sérgio Fernando Moro, o mesmo da Operação Lava
Mas não é só isso.
Grizzo esteve metido em boas confusões.
Na Operação Curaçao da Polícia Federal, seu nome apareceu como um “laranja” de US$ 24 milhões.
É o que escreveu ninguém menos do que o Dr. Sérgio Fernando Moro, o mesmo da Operação Lava
Jato:
34) conta aberta no FCIB em nome de Geraldo Grizzo (fls. 90-92 do apenso I e apenso XII): –
34) conta aberta no FCIB em nome de Geraldo Grizzo (fls. 90-92 do apenso I e apenso XII): –
movimentação de USO 24.299.138,00 em cerca de 1.205 transações; – ramo de atividades do titular
da conta identificado no cadastro do FCIB “business services”, e endereço do controlador da conta
em Jáu/SP, especificamente na Rua Anselmo Walvekens, 162, e em São Paulo/SP, especificamente
na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2961; – documentos da conta com as assinaturas de Geraldo Grizzo;
Pelo que se depreende da documentação, a conta era controlada por Geraldo Grizzo, que a
controlava a partir de São Paulo.
Em, um laudo da Polícia Federal, no STJ negando que fossem dele as assinaturas e que seu nome
fora usado – não se sabe por que infeliz coincidência, claro – como “laranja” serviu para o
arquivamento do processo contra Grizzo.
Grizzo também teve sorte no processo em que o juiz 2ª Vara Cível de Jaú, Leonardo Labriola
Ferreira Menino, o condenou, em 2011, a ressarcir os cofres da Prefeitura da cidade, entre 1989 e
1992, por conta do superfaturamento de uma empresa que ganhou todas as 34 licitações de
recapeamento asfáltico do município. Em 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu todos
os condenados.
O Dr. Grizzo, havendo repórteres, seria um personagem interessante para eles.
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