quinta-feira, 23 de junho de 2016

APÓS ENCONTRO SECRETO ENTRE MINISTRO TUCANO DA JUSTIÇA E MORO..... GLOBO JATO PRENDE O EX MINISTRO PETISTA GLOBERNARDO


Ex-ministro nos governos de Dilma e Lula, Paulo Bernardo foi preso hoje em Polícia Federal 
realizada em parceria com a Lava Jato. Bernardo foi detido em Brasília, no apartamento 
funcional da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), sua esposa. A casa dos dois em Curitiba é alvo 
de buscas. A residência de outro ex-ministro, Carlos Gabas, e a sede nacional do PT, em São 
Paulo, também são alvos de buscas e apreensões. 

Se o senhor Paulo Bernardo praticou, de fato, as falcatruas de que o acusam, pague por elas.
No mundo civilizado é – ou deveria ser – assim: acusação, defesa, julgamento e pena (ou absolvição).
Prisão se justifica quando há algum elemento de surpresa na ação, que permite coleta de provas que,
de outro modo, seriam destruídas.
Como, por exemplo, aconteceu em Pernambuco, onde o “bote” sobre vários empresários – alguns 
laranja – era necessário à apreensão de documentos. Ainda assim, com erro de planejamento, porque 
acabou permitindo que um deles, não localizado, tenha aparecido morto em circunstâncias ainda não 
esclarecidas.

Alexandre de Moraes (PSDB), se reúne  com 
juiz federal Sergio Moro e com o diretor-
geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, em 
Curitiba. Carro do ministro é flagrado na 
sede da Justiça Federal em Curitiba, onde 
ocorre o encontro.

Ainda não se sabe o que vão alegar para a ação
surpreendente contra o ex-ministro.
Muito menos para as “conduções coercitivas” de
pessoas que sequer haviam sido, uma vez que 
fosse, chamadas a depor, como no caso do ex-
ministro Carlos Gabas. Gabas, pessoa com que me relacionei nos tempos em que estive no
governo federal, é do tipo que, se convidado a depor, responderia: quando é que vocês querem me
ouvir, agora?
Não escapa a qualquer policial, promotor ou juiz que o fato de ele ser marido de uma senadora que 
faz a defesa de Dilma na Comissão de Impeachment tem um alcance político que vai muito além dos 
atos que suspeitam que tenha praticado.
Mais uma razão para a prudência na abordagem.
Mas a prudência, quando interessa, é porta de lado em nome do espalhafato político.
No momento, a única coisa que se percebe é que voltamos a era da prisão-espetáculo, onde o se quer 
prender, mesmo, é a atenção pública, para que ela não se volte para aquilo que não é o desejo de 
grupos metidos até o pescoço na corrupção da política.
__________________________________________________

Nenhum comentário: