Ex-ministro nos governos de Dilma e Lula, Paulo Bernardo foi preso hoje em Polícia Federal
realizada em parceria com a Lava Jato. Bernardo foi detido em Brasília, no apartamento
funcional da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), sua esposa. A casa dos dois em Curitiba é alvo
de buscas. A residência de outro ex-ministro, Carlos Gabas, e a sede nacional do PT, em São
Paulo, também são alvos de buscas e apreensões.
Se o senhor Paulo Bernardo praticou, de fato, as falcatruas de que o acusam, pague por elas.
No mundo civilizado é – ou deveria ser – assim: acusação, defesa, julgamento e pena (ou absolvição).
Prisão se justifica quando há algum elemento de surpresa na ação, que permite coleta de provas que,
Se o senhor Paulo Bernardo praticou, de fato, as falcatruas de que o acusam, pague por elas.
No mundo civilizado é – ou deveria ser – assim: acusação, defesa, julgamento e pena (ou absolvição).
Prisão se justifica quando há algum elemento de surpresa na ação, que permite coleta de provas que,
de outro modo, seriam destruídas.
Como, por exemplo, aconteceu em Pernambuco, onde o “bote” sobre vários empresários – alguns
Como, por exemplo, aconteceu em Pernambuco, onde o “bote” sobre vários empresários – alguns
laranja – era necessário à apreensão de documentos. Ainda assim, com erro de planejamento, porque
acabou permitindo que um deles, não localizado, tenha aparecido morto em circunstâncias ainda não
esclarecidas.
surpreendente contra o ex-ministro.
Muito menos para as “conduções coercitivas” de
pessoas que sequer haviam sido, uma vez que
Alexandre de Moraes (PSDB), se reúne com
o juiz federal Sergio Moro e com o diretor-
geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, em
Curitiba. Carro do ministro é flagrado na
sede da Justiça Federal em Curitiba, onde
ocorre o encontro.
Ainda não se sabe o que vão alegar para a açãoo juiz federal Sergio Moro e com o diretor-
geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, em
Curitiba. Carro do ministro é flagrado na
sede da Justiça Federal em Curitiba, onde
ocorre o encontro.
surpreendente contra o ex-ministro.
Muito menos para as “conduções coercitivas” de
pessoas que sequer haviam sido, uma vez que
fosse, chamadas a depor, como no caso do ex-
ministro Carlos Gabas. Gabas, pessoa com que me relacionei nos tempos em que estive no
governo federal, é do tipo que, se convidado a depor, responderia: quando é que vocês querem me
ouvir, agora?
ministro Carlos Gabas. Gabas, pessoa com que me relacionei nos tempos em que estive no
governo federal, é do tipo que, se convidado a depor, responderia: quando é que vocês querem me
ouvir, agora?
Não escapa a qualquer policial, promotor ou juiz que o fato de ele ser marido de uma senadora que
faz a defesa de Dilma na Comissão de Impeachment tem um alcance político que vai muito além dos
atos que suspeitam que tenha praticado.
Mais uma razão para a prudência na abordagem.
Mas a prudência, quando interessa, é porta de lado em nome do espalhafato político.
No momento, a única coisa que se percebe é que voltamos a era da prisão-espetáculo, onde o se quer
Mais uma razão para a prudência na abordagem.
Mas a prudência, quando interessa, é porta de lado em nome do espalhafato político.
No momento, a única coisa que se percebe é que voltamos a era da prisão-espetáculo, onde o se quer
prender, mesmo, é a atenção pública, para que ela não se volte para aquilo que não é o desejo de
grupos metidos até o pescoço na corrupção da política.
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