sexta-feira, 20 de maio de 2016

PETROLEIROS REPUDIAM FILHOTE VIRA LATA DE FHC NA PETROBRAS


Novo presidente da companhia, o ex-ministro Pedro Parente, que foi chefe da Casa Civil de 
FHC, terá de lidar, logo na largada, com a insatisfação dos petroleiros; em nota, a Federação 
Única dos Petroleiros repudia a nomeação de “um ex-ministro de FHC que chancelou 
processos de privatização e tem em seu currículo acusações de irregularidades e improbidade 
na administração pública”; eles citam contratos de parceria com o setor privado para 
construção de usinas termoelétricas, entre 2000 e 2003, que “geraram prejuízos de mais de US$ 
1 bilhão à Petrobras, que se viu obrigada a assumir integralmente as termoelétricas para evitar 
perdas maiores”; “Não é com gestores deste perfil que a Petrobrás vencerá a crise que 
atravessa”, dizem; a FUP exige ainda que toda a diretoria da gestão Bendine entregue seus 
cargos.

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros repudia a nomeação de “um ex-ministro de FHC que 
chancelou processos de privatização e tem em seu currículo acusações de irregularidades e 
improbidade na administração pública”. Eles citam contratos de parceria com o setor privado para 
construção de usinas termoelétricas, entre 2000 e 2003, que “geraram prejuízos de mais de US$ 1 
bilhão à Petrobras, que se viu obrigada a assumir integralmente as termoelétricas para evitar perdas 
maiores”.

Leia abaixo:

REPUDIAMOS A INDICAÇÃO DE PEDRO PARENTE PARA A PRESIDÊNCIA DA 
PETROBRÁS

A indicação de Pedro Parente para a presidência da Petrobrás é fortemente rechaçada pela Federação 
Única dos Petroleiros.
É inadmissível termos no comando da empresa um ex-ministro do governo Fernando Henrique 
Cardoso que chancelou processos de privatização e tem em seu currículo acusações de 
irregularidades e improbidade na administração pública.
O perfil ultraliberal de Pedro Parente o descredencia por completo para assumir o comando de uma 
empresa estatal que tem sido a âncora do desenvolvimento e das políticas públicas estruturantes do 
país.
Sua nomeação está na contramão das lutas travadas pelos trabalhadores para evitar o desmonte do 
Sistema Petrobrás.
O currículo de Pedro Parente não deixa dúvidas sobre que lado ocupa na luta de classes. Ele 
participou ativamente dos dois mandados do governo FHC, onde atuou como Secretário Executivo 
do Ministério da Fazenda, entre 1995 e 1999, e como Chefe da Casa Civil, entre 1999 e dezembro de 
2002. No final de 2000, passou a acumular a presidência da Câmara de Gestão da Crise Energética, o 
chamado “ministério do apagão”, responsável por uma série de arbitrariedades, como racionamento e 
cortes de energia e multas altíssimas impostas aos consumidores.
Um dos maiores escândalos protagonizados por Pedro Parente no governo tucano foram os contratos 
para compra de energia emergencial e as “compensações” feitas às concessionárias privadas e aos 
investidores atraídos pelo Programa Prioritário de Termeletricidade, que impôs prejuízos bilionários 
à Petrobrás. Professores do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP chegaram na época a 
denuncia-lo ao Ministério Público Federal por improbidade administrativa.
Sob a chancela de Pedro Parente, a Petrobrás teve que assinar contratos de parceria com o setor 
privado para construção de usinas termoelétricas, entre 2000 e 2003, onde se comprometeu a garantir 
a remuneração dos investidores, mesmo que as empresas não dessem lucro, bem como cobrir os 
custos dos empreendimentos, caso a venda de energia não fosse suficiente para sustentar os 
investimentos.
A chamada “contribuição de contingência” gerou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à Petrobrás, que 
se viu obrigada a assumir integralmente as termoelétricas para evitar perdas maiores. O valor das 
usinas, avaliadas em US$ 800 milhões, equivalia a um terço dos US$ 2,1 bilhões que a estatal teria 
que desembolsar para honrar as compensações garantidas aos investidores até o final dos contratos, 
em 2008. Tudo autorizado por Pedro Parente.
Não é com gestores deste perfil que a Petrobrás vencerá a crise que atravessa. A FUP repudia sua 
indicação e exige que toda a diretoria da gestão Bendine entregue seus cargos, caso o Conselho de 
Administração da empresa aprove a nomeação de Pedro Parente.
Os petroleiros seguirão em luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás e não darão um minuto de 
sossego aos entreguistas.
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