segunda-feira, 9 de maio de 2016

OLHA QUEM O TEMER ESTÁ TRAZENDO PARA GOVERNAR SEM VOTOS


General Etchegoyen, uma tradição em família. Choque fiscal? É porque vocês ainda não viram 
o choque elétrico! 

O pau vai comer no Governo do Traíra.
Nas apenas por causa da reação dos grupos organizados – sindicatos, UNE, MST, Movimento dos 
Sem Teto, o escracho – mas, também, nas manifestações espontâneas de protesto, desarticuladas 
politicamente, mas igualmente contestárias.
O que costuma atrair vândalos, depredadores, incendiários.
É o que se pode antever de um “governo” de corruptos, que pretende aplicar um programa 
econômico radical – pau nos pobres! - sem ter um centímetro de legitimidade. 
Um Governo Golpista!
Portanto, tão importante quanto o “choque de credibilidade” do Meirelles, será o “choque elétrico” 
do sistema repressivo que se montará ao lado do Temer, e acima do Meirelles.
(Ah, que falta fará o Coronel Ustra, nunca assaz louvado!)
O conjunto formado por SNI, Força Nacional, Polícia Federal, policias estaduais, beleguins e 
cidadãos Boilensen que sempre aparecem nessas horas turvas.
A FIE P está aí para refinanciá-los.
E o BankofAmerica (antecessor do Itaú) também!
O Meirelles já se sabe quem é.
Agora precisa saber o que vai sustentar a política do Meirelles.
Não serão Temer nem o Cunha.
Mas, o chefe desse sistema repressor.
Aparentemente, ele já tem nome e sobrenome, que apareceu quando se soube que o Temer vai 
Será o General Sergio Etchegoyen, Chefe do Estado Maior do Exército Brasileiro.
E de onde vem o General Etchgoyen?
Lembra, amigo navegante, daquele amigo navegante que tem uma memória de elefante e enviou 
reflexões no dia do voto do Supremo sobre o Cunha – e vocês esperavam o quê?
Pois, a memória dele nos permite traçar a arvore genealógica do referido General Sergio Etchgoyen:
do seu amigo navegante.

O general Alcides Etchegoyen, avô do general Sérgio Etchegoyen, foi o sucessor do funesto 
Felinto Miller como chefe de Polícia do Distrito Federal na ditadura do Estado Novo. Na 
democracia, o general Alcides encabeçou a chapa dos entreguistas vitoriosa na eleição do Clube 
Militar em 1952. E baniu os debates sobre a criação da Petrobrás. Apoiou o golpe contra a posse 
de JK. Informações do CPDOC/FGV.
O general Leo Guedes Etchegoyen, pai do general Sergio, foi secretário de Segurança Pública do 
Rio Grande do Sul, indicado pelos golpistas de 64, e comandou a repressão no Estado de Leonel 
Brizola. Durante a ditadura, trabalhou sob as ordens do funesto general Milton Tavares, mentor 
da tortura nos quartéis do Exército. Foi chefe do Estado Maior do II Exército, quando protegeu e 
fez elogios oficiais a um notório torturador do DOI-Codi paulista. Informação da Comissão 
Nacional da Verdade.
O coronel Cyro Guedes Etchegoyen, tio do general Sérgio, foi chefe da seção de Informações e 
Contrainformações do Centro de Informações do Exército (CIE), também sob as ordens do 
funesto Milton Tavares.
Segundo depoimento do coronel Paulo Malhães à CNV, Etchegoyen era a autoridade do CIE 
responsável pela Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). Informações da Comissão Nacional da 
Verdade.
Espionagem, tortura e violência política estão no histórico militar da família Etchegoyen.É com 
esse tipo de militar que Michel Temer pretende conter a previsível reação a seu programa 
neoliberal radical.

O ansioso blogueiro resolveu especular com outro amigo sobre um desdobramento provável e talvez 
inevitável do que vem por aí.
E manteve o seguinte diálogo com respeitado professor de Direito.
Já que 1) o pau vai comer; 2) o Temer vai controlar a PF, as Forças Armadas, a Guarda Nacional, o 
SNI e a Receita Federal... o que é preciso para ele obter o "estado de sítio": fechar a imprensa, 
intervir nos Estados e last but not least suspender o habeas corpus (o que, na verdade, já ocorre em 
Curitiba)?
Resposta do professor amigo:
Ele precisa do pretexto (passeatas, protestos, bloqueios etc), que vai ser amplificado e criminalizado 
pelo PIG, e deve encaminhar o pedido ao Congresso, que deve aprovar por maioria absoluta (artigo 
137, parágrafo único da revogada Constituição de 1988).
Só um detalhe: com Estado de Sítio, não podem aprovar nenhuma mudança na Constituição. Além 
de escancarar a necessidade de usar a força, pega mal lá fora.
Por isso, acho que ele deve temer (ufa !) chegar a tanto, porque vai liberar a repressão mais 
intensamente e com mais violência, se apoiando nas entidades golpistas da polícia, Ministério 
Público e Judiciário e no clima a ser criado pelo PIG.
O risco do estado de sítio é ter que pagar para ver. Pode ser um tiro pela culatra.
Se as pessoas não obedecerem às restrições, como proibição de manifestações, o governo cai.
Foi o que aconteceu com o De la Rúa na Argentina. Ele decretou estado de sítio, as pessoas 
desobedeceram e protestaram aos milhares em Buenos Aires e ele teve que fugir da Casa Rosada de 
helicóptero.

Em tempo: agora, imaginem o que vai acontecer quando as Forças Armadas do Brasil estiverem sob 
o comando de um ministro da Defesa baderneiro, o Raul Jungman? - PHA

Em tempo2: Jango também tentou um Estado de Sítio para prender o Governador da Guanabara,
Carlos Lacerda, um líder do Golpe, e teve que recuar, o que apressou sua queda.

Paulo Henrique Amorim
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