Não anda nada fácil a vida dos protagonistas e apoiadores do novo regime político no Brasil;
mesmo sem grande cobertura da mídia tradicional, têm sido cada vez mais comuns os
"escrachos", que rapidamente se disseminam nas redes sociais; para esse tipo de protesto,
basta um quê de coragem e um smartphone; neste fim de semana, FHC fugiu de um seminário
em Nova York para não ser escrachado; dois dias atrás, foi a vez dos senadores Aécio Neves
(PSDB-MG) e Cristovam Buarque (PPS-DF); antes deles, foram alvos de manifestações os
ministros da Educação, Mendonça Filho, e das Relações Exteriores, José Serra; além disso, nas
transmissões ao vivo da Globo, principal fiadora do governo provisório, protestos ocorrem
quase todos os dias.
247 – No feriado de Corpus Christi, dois senadores que apoiaram o impeachment da presidente
Dilma Rousseff foram alvos de um protesto inusitado e cada vez mais comum: o escracho.
No Leblon, Aécio Neves (PSDB-MG) foi chamado de golpista e filmado por uma banhista (assista
No Leblon, Aécio Neves (PSDB-MG) foi chamado de golpista e filmado por uma banhista (assista
aqui), num vídeo que rapidamente viralizou. O mesmo aconteceu com o senador Cristovam Buarque
(PPS-DF).
Neste fim de semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve de deixar de participar de um
Neste fim de semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve de deixar de participar de um
seminário em Nova York para não ser escrachado, depois que, numa petição, 499 intelectuais o
chamaram de "golpista" (saiba mais aqui).
Também foram alvos de protestos recentes ministros como Mendonça Filho, da Educação, e José
Também foram alvos de protestos recentes ministros como Mendonça Filho, da Educação, e José
Serra, do Itamaraty, além, é claro, do próprio presidente interino Michel Temer. Se isso não bastasse,
as transmissões ao vivo da Globo têm sido cada vez mais invadidas por protestos contra o
"golpismo" da emissora.
Tudo isso revela que o escracho se transformou num dos principais instrumentos de comunicação
política, na era das redes sociais e dos smartphones, em que qualquer autoridade pode ser
rapidamente filmada. Isso permite que, mesmo sem cobertura da mídia tradicional, cada cidadão
assuma o papel de meio de comunicação na guerra política atual.
A esse respeito, 247 reproduz o comentário postado por Alexandro Cardoso Tenório, sobre o atual
A esse respeito, 247 reproduz o comentário postado por Alexandro Cardoso Tenório, sobre o atual
momento político:
Gente depois dos áudios de Machado ficou tudo mais claro:
1. A classe política morre de medo da lava jato, da prisão em 2a instância.
Gente depois dos áudios de Machado ficou tudo mais claro:
1. A classe política morre de medo da lava jato, da prisão em 2a instância.
2. Para os políticos Dilma nada fez para estancar a sangria da Lava Jato. Para eles Janot é FDP.
3. Derrubar Dilma era o primeiro passo para uma anistia, um acordão.
O que temos visto nos últimos dias? A anistia ser concretizada!
1. Apoio total da mídia a Temer, provável apoio dos militares, sutil apoio dos EUA, apoio do STF.
2. Com Gilmar Mendes presidindo a turma que julgará a Lava jato, políticos e empresários que
3. Derrubar Dilma era o primeiro passo para uma anistia, um acordão.
O que temos visto nos últimos dias? A anistia ser concretizada!
1. Apoio total da mídia a Temer, provável apoio dos militares, sutil apoio dos EUA, apoio do STF.
2. Com Gilmar Mendes presidindo a turma que julgará a Lava jato, políticos e empresários que
apoiarem o regime Temer serão poupados.
Mas esse acordão não é perfeito. O mercado financeiro quer mudanças rápidas, mas Temer enquanto
Mas esse acordão não é perfeito. O mercado financeiro quer mudanças rápidas, mas Temer enquanto
for interino não pode correr o risco de medidas impopulares e acordar às manifestações. A economia
pode continuar ruim.
Janot parece seguir firme para ser visto como um FDP pela classe política. Novas denúncias podem
Janot parece seguir firme para ser visto como um FDP pela classe política. Novas denúncias podem
abalar ainda mais a frágil legitimidade de Temer.
Cunha é ao mesmo tempo a força oculta de Temer e também o calcanhar de Aquiles. Quanto mais
Cunha é ao mesmo tempo a força oculta de Temer e também o calcanhar de Aquiles. Quanto mais
Temer apóia Cunha e vice versa, maiores as chances de novos escândalos abalarem o regime interino.
Então gente, quanto mais o tempo passa, mais Temer pode se fragilizar. E Dilma se fortalecer. Por
Então gente, quanto mais o tempo passa, mais Temer pode se fragilizar. E Dilma se fortalecer. Por
isso querem julgar Dilma o mais rápido possível. Até a 1a semana de agosto.
Não podemos contar com mega manifestações, pois sem a mídia escandalizando e com a repressão
Não podemos contar com mega manifestações, pois sem a mídia escandalizando e com a repressão
policial não ganham força.
O que nos resta? Quando as forças do adversário são enormes, nos resta a guerrilha política.
O que nos resta? Quando as forças do adversário são enormes, nos resta a guerrilha política.
Pequenas manifestações, escrachos que ajudem a denunciar, resistir e se insurgir.
Torcer que a união das esquerdas seja capaz de salvar a democracia, sem revanchismo, apelando
Torcer que a união das esquerdas seja capaz de salvar a democracia, sem revanchismo, apelando
para senso de justiça e mudando o voto de senadores, que nao estejam dentro do acórdão, para a
volta de Dilma.
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