sexta-feira, 6 de maio de 2016

“Método Moro” chega a Buenos Aires, com Cristina no lugar de Lula



O que aconteceu hoje, em Buenos Aires, com a invasão, pela Polícia Federal de lá, ao apartamento 
de Cristina Kirchner é uma cópia xerocada do 4 de março brasileiro, o dia da “condução coercitiva” 
de Lula. O uso desavergonhado da Justiça e da Polícia para fazer política.
A ‘notícia’ publicada na Folha é asquerosa. A foto, cuidadosamente escolhida, mostra uma Cristina 
com garras e o rosto contorcido. Jornalismo manda lembranças.
Juízes, promotores, delegados e parlamentares de espírito colonizado cumprem o papel de traidores 
de seu próprio povo, de sua gente.
Obviamente que são bem pagos, afinal, as riquezas de um país nas mãos de poucos sempre rende 
uma boa comissão.
São corretores que vendem a cidade, o país e a própria mãe. A esses seres, absolutamente 
desprezíveis, a história reserva destaque. Vendilhões do templo, cambistas da própria honra ou 
traidores do povo?
Impossível não lembrar de Simon Bolívar e, a partir dele, de Chávez, Fidel, Lula, Evo, Rafael e de 
Cristina, a bola da vez.
As revelações tanto de Edward Snowden quanto de Julian Assange apenas confirmam, com provas 
mais que concretas, o que já se sabia há muito tempo.
Mas tudo isso parece sempre, para quem se acostumou com a informação-cárcere, uma simples 
‘teoria da conspiração’. Expressão essa utilizada como argumento diante de qualquer aceno às reais 
intenções colonizadoras.
Os ataques a Lula, Cristina e outros líderes progressistas continuarão, contra os quais só há um 
antídoto: a resistência popular.
Cabe ao povo, que não se entregou ao fetiche sadomasoquista de ser pisoteado pelo explorador, lutar 
com as armas que a democracia proporcionou para que nunca mais volte a ocorrer a necessidade de 
pegar outras armas para tentar salvar a própria democracia.
O bombardeio jurídico-fascista tem por finalidade encostar o povo nas cordas e depois nocauteá-lo.
Tudo sob o olhar abjeto de meia dúzia de rentistas que não amarram nem os próprios sapatos.
Começa-se pelos líderes. Lula, ontem. Cristina, hoje.
Amanhã seremos nós que teremos nossas gavetas reviradas e nossa vida devassada. Tudo isso ao 
comando de cérebros que estão fora do país.
Quem quiser que espere que sua hora chegue; quem quiser, reaja.
O golpe não é curitibano ou portenho.
Como dizia um velho gaúcho, vem de longe, muito longe.
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