sábado, 28 de maio de 2016

BOSTONARO É ESCRACHADO POR MANIFESTANTES E CHAMADO DE ‘ESTUPRADOR’


O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi escrachado por manifestantes ao chegar em 
evento na cidade de Niterói, no Rio; depois de ser alvo de cuspes, o carro em que o 
parlamentar estava precisou ser escoltado por policiais; um dos gritos – ditos em coro contra 
ele -, foi o de “estuprador”; o veículo também levou socos e pontapés; em dezembro de 2014, 
quando era do PP, Bolsonaro rebateu um discurso sobre direitos humanos feito pela deputada 
Maria do Rosário dizendo que não a estupraria porque ela não merecia; ele foi obrigado a 
indenizá-la em R$ 10 mil.

Rio 247 - O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi escrachado ao chegar em evento na cidade 
de Niterói, no Rio de Janeiro, por manifestantes. Bolsonaro foi xingado e teve que ouvir palavras de 
ordem contra ele. Depois de ser alvo de cuspes, o carro em que o parlamentar estava precisou ser 
escoltado por policiais. Um dos gritos – ditos em coro contra ele -, foi o de “estuprador”. O veículo 
socos e pontapés.
Segundo as imagens, uma das pessoas de dentro carro pediu cuidado para o motorista por causa da 
quantidade de pessoas no local. Apesar disso, Bolsonaro afirmou no Facebook que a ação não 
atrapalhou a agenda. “Ativistas tentaram impedir meu acesso no Clube Português em Niterói/RJ. 
Não conseguiram e falei para quase mil pessoas no Clube”, disse.
Veja o vídeo:


Em dezembro de 2014, quando era do PP, Bolsonaro rebateu um discurso sobre direitos humanos 
feito pela deputada Maria do Rosário, ex-ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, e gritou: "Há 
poucos dias tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, eu falei que não estuprava você porque 
você não merece". Ele foi obrigado pela Justiça do Distrito Federal a indenizá-la em R$ 10 mil.
Posições polêmicas
Bolsonaro foi alvo da duras críticas do eleitorado, de parlamentares e da Ordem dos Advogados do 
Brasil (OAB) por ter exaltado Carlos Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi de São Paulo e 
torturador na ditadura, em seu voto a favor do impeachment no dia 17 de abril. Ao proferir seu voto, 
ele disse que o coronel é o "pavor de Dilma Rousseff" (veja aqui).
Ustra é apontado como responsável por ao menos 60 mortes e desaparecimentos em São Paulo 
durante a ditadura e foi denunciado por mais de 500 casos de tortura cometidos nas dependências do 
Doi-Codi entre 1970 e 1974.
Bolsonaro é conhecido por declarações polêmicas. Ele defende abertamente a pena de morte, 
manifestou posição contra direitos humanos nos presídios, e o porte de armas para a população. 
De acordo com o parlamentar, "uma minoria de marginais aterrorizam a maioria de pessoas 
decentes". "Temos que buscar a redução da maioridade penal. Esses marginais não são excluídos. 
São vagabundos", disse em vídeo publicado em fevereiro de 2014.
"Tem que dar vida boa pra esses canalhas (presidiários)? Eles fodem nós a vida toda e nós 
trabalhadores vamos manter esses caras presos numa vida boa?. "Eles têm que se fuder", disse 
(relembre).
Sobre o posse de arma, Bolsonaro disse que se trata de "um direito daqueles que querem praticar o 
direito da legítima defesa" - declaração foi divulgada em vídeo publicado em março do ano passado.
Ele já defendeu o projeto "Cura Gay". Quando era do PP, o congressista chegou a dizer que "ter filho 
gay é falta de porrada" (assista aqui). O parlamentar também chegou a dizer "que maioria é uma 
coisa, minoria é outra. Minoria tem que se calar" (veja aqui).
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