sábado, 5 de março de 2016

O DIA EM QUE LULA PROVOU SER MAIS FORTE QUE A FACÇÂO DOS IRMÂOS METRALHAS DA GLOBO


Salva da bancarrota pelo ex-presidente Lula, a Globo imaginava que esta sexta-feira 4 seria 
seu dia de glória; empenhada em destruir o ex-presidente mais popular da história do País, 
numa luta que já quebrou o setor de engenharia e vem arruinando o País, a Globo esperava 
celebrar a prisão de Lula; beneficiária de mais um vazamento ilegal, a Globo anunciou um 
"dia especial", por meio do Twitter de Diego Escosteguy; depois, alguns de seus colunistas, 
como Eliane Cantanhêde, decretaram a morte do PT; o que se seguiu, ao longo do dia, foi uma 
reversão total das expectativas da família Marinho; abusos da Operação Lava Jato foram 
denunciados por governadores, ministros do STF e pela presidente Dilma Rousseff; além disso, 
o ataque vil a Lula e todos os seus familiares acendeu a faísca da reação popular, que 
mobilizou sindicatos, movimentos sociais e simpatizantes; nas ruas, repórteres da Globo 
tiveram de trabalhar sem identificação para não serem agredidos pela população; para 
completar o quadro, Lula anunciou que agora, irá lutar para voltar ao poder; "Se quiseram 
matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no rabo e a jararaca está viva"

247 – Dois projetos de País entraram em choque nesta sexta-feira histórica. De um lado, o projeto 
representado pelo grupo Globo, sem o qual não haveria Operação Lava Jato, nem seus abusos que 
agora começam a ser percebidos pela opinião pública. De outro, o projeto representado pelo ex-
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou a presidência da República com 80% de aprovação, 
projetando uma imagem positiva no Brasil e no mundo.
O projeto da Globo é o mesmo de 1964, quando os Marinho se uniram aos militares para golpear a 
democracia. Trata-se de uma visão subserviente de Brasil, alinhada com os Estados Unidos, e sem 
nenhum protagonismo regional. No mundo dos Marinho, riquezas nacionais, como o pré-sal, devem 
ser abertas à exploração de multinacionais, como Shell, Exxon e Chevron. O projeto de Lula, por sua 
vez, é o de um Brasil forte e respeitado internacionalmente. Daí, a importância da diplomacia do Sul-
Sul e da construção de novos eixos de poder como os BRICs.
Nesta sexta-feira, a Globo, atendendo a seus próprios interesses ou de terceiros, esperava celebrar 
seu dia de glória. Lula, afinal, seria preso pelo juiz Sergio Moro, que recebeu, dos Marinho, o prêmio 
"Faz Diferença". Seria o fim de um processo que já arruinou a economia brasileira, quebrou o setor 
de engenharia e desmoralizou empresas brasileiras que vinham suplantando concorrentes 
internacionais em mercados globais, como a Odebrecht. Hoje, seria o dia de estourar o champanhe – 
talvez, na famosa mansão em Paraty (RJ), registrada em nome de empresas offshore.
Antes mesmo que o sol raiasse, a Globo já havia sido beneficiária de mais um vazamento ilegal. Em 
seu Twitter, o jornalista Diego Escosteguy, editor de Época, anunciava um "dia especial, cheio de 
paz e amor" (leia aqui). Ao longo do dia, uma colunista da Globonews, Eliane Cantanhêde, começou 
a celebrar "a morte do PT" (leia aqui).
Reversão de expectativas
Quando os Marinho estavam prontos para celebrar a vitória do seu projeto de País, se é que assim 
pode ser qualificado, começou a virada. Nas redes sociais, a hashtag #ForaRedeGlobo se tornou um 
dos assuntos mais comentados do mundo. Assim como em 1964, os Marinho foram novamente 
associados a um projeto golpista e entreguista. A única diferença é que os tanques e baionetas foram 
substituídos por juízes, policiais e procuradores. Repórteres da emissora tiveram de trabalhar sem 
identificação para não serem agredidos nas ruas. E quando Eliane Cantanhêde dizia que a ação 
contra Lula turbinaria os protestos do dia 13 de março, a Globo foi surpreendida com a gigantesca 
rede de apoio ao ex-presidente Lula. Sindicatos, simpatizantes de movimentos sociais de todo o País 
anunciaram apoio incondicional a Lula e atos em defesa da democracia.
Ao longo do dia, a festa da Globo começou a azedar com manifestações de parlamentares, juízes, 
governadores e até de personagens ligados ao PSDB que condenaram o abuso da condução 
coercitiva de Lula e de todos os seus familiares. Manifestaram-se contra isso os governadores 
Ricardo Coutinho, da Paraíba, Flávio Dino, do Maranhão, e Jackson Barreto, de Sergipe, assim como 
José Gregori e Bresser Pereira, dois ex-ministros do governo FHC. No Supremo Tribunal Federal, o 
ministro Marco Aurélio Mello reagiu com indignação. "Condução coercitiva? O que é isso? Eu não 
compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o 
cidadão de resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", afirmou.
O mais importante, no entanto, foi a força e a contundência do pronunciamento de Lula. Primeiro, 
ele condenou a associação antidemocrática entre grupos de comunicação e setores do Poder 
Judiciário. Em seguida, voltou a denunciar a mansão dos Marinho em Paraty, registrada em nome de 
uma empresa offshore sediada no Panamá. Por último, ele mostrou estar pronto para viajar o País e 
voltar a lutar por seu projeto de País. "O que aconteceu hoje era o que faltava para que o PT voltasse 
a erguer a cabeça", disse Lula. "Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no
rabo e a jararaca está viva".
Nesta sexta-feira, Lula mostrou que é muito, mas muito mais forte do que a Globo, o maior 
monopólio de mídia do mundo, salva da bancarrota justamente pelo ex-presidente.


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