Jornal GGN – O secretário de Educação da cidade de São Paulo, Gabriel Chalita, deixou o seu partido, o PMDB, para se filiar ao PDT. A decisão foi tomada depois que a senadora Marta Suplicy se juntou ao PMDB para disputar a Prefeitura de São Paulo com Fernando Haddad. A cerimônia foi realizada ontem (30). Chalita deve ser anunciado como o vice da chapa do atual prefeito.
Quando Marta se filiou ao PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, deu o aval para que ela fosse candidata em São Paulo. Haddad demonstrou interesse em manter Chalita na sua equipe e disse publicamente que o partido aliado não estava cumprindo o acordo político que fez com o PT em São Paulo. Chalita ficou ao seu lado e disse repetidas vezes que se sentiria “muito desconfortável” de não cumprir sua palavra.
O PDT foi o primeiro partido de Chalita. Ele foi eleito vereador em Cachoeira Paulista pela legenda quando tinha apenas 19 anos. Em 1989, deixou a sigla para se juntar ao PSDB, onde ficou até 2009. Na cerimônia de ontem, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que Chalita “voltou para casa”. “Temos uma relação muito boa com ele e há anos tentamos trazê-lo para o partido”, afirmou.
O secretário deve ocupar uma vaga na direção nacional do PDT. Ele terá a função de dar mais capilaridade ao partido em São Paulo e fará a coordenação da pauta de educação. A secretária da Pessoa com Deficiência de Haddad, Marianne Pinotti, e os vereadores Calvo e Paulo Frange acompanharão Chalita na migração para o PDT.
A direção do partido tinha a expectativa que a filiação de Chalita atraísse também a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer, filha do vice-presidente da República. Quando procurada, ela disse que se um dia se desfiliasse do PMDB, não pretendia se filiar a nenhum outro partido. Isso não quer dizer que ela deixa a equipe do prefeito Fernando Haddad. A tendência é que ela permaneça no cargo e deixe o PMDB.
No ato de ontem, Lupi disse que a aliança com o PT se mantém no plano nacional, que o partido permanece na base de apoio da presidente Dilma Rousseff. “Quando não há fundamento, o impeachment é golpe e é isso o que está acontecendo no país. Não vamos aceitar o golpe. O PMDB quer ganhar o governo pelo tapetão”, disse.
O partido comanda o Ministério das Comunicações, com André Figueiredo. Lupi negou que esteja negociando novas pastas com o governo depois do rompimento do PMDB.
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