É a crise, é a crise, é preciso gritar a cada minuto.
POR FERNANDO BRITO
Ontem à noite, a poucas horas da virada do ano, O Globo saiu-se com a “pérola”: Crise econômica
faz público trocar o branco pelo amarelo no réveillon.
Ridículo.
Algumas pessoas, por superstição, sempre vestiram amarelo para “chamar dinheiro” no Ano Novo.
Mas, por causa da crise, quem trocou foi o “público”. Público, como se sabe, são aquelas seis
Ridículo.
Algumas pessoas, por superstição, sempre vestiram amarelo para “chamar dinheiro” no Ano Novo.
Mas, por causa da crise, quem trocou foi o “público”. Público, como se sabe, são aquelas seis
pessoas que são selecionadas pela reportagem “cumpre pauta”.
– Ih, olha lá, tem um de amarelo , vamos falar com ele
Incrível. O Rio de Janeiro “bombando”, com 900 mil turistas e hotéis lotados e uma multidão nas
Incrível. O Rio de Janeiro “bombando”, com 900 mil turistas e hotéis lotados e uma multidão nas
ruas e praias.
E quase todo mundo de branco, óbvio.
A “reportagem” chega a “pagar o mico” de ouvir uma arista de rua, que oferece um boneco
E quase todo mundo de branco, óbvio.
A “reportagem” chega a “pagar o mico” de ouvir uma arista de rua, que oferece um boneco
carnavalesmo com roupas amarelas para que os turistas se fotografem. E o texto vem, claro, com o
bordão permanente:
Apesar da crise, ela diz que o ano não foi ruim e que espera um 2016 melhor. Já prevê a cor na
Apesar da crise, ela diz que o ano não foi ruim e que espera um 2016 melhor. Já prevê a cor na
virada do ano que vem:
— Vai ser branco ou azul, pode apostar. Pra mim, desde que cheguei no Rio, não tem ano ruim. Já
me considero carioca.
Não tem espírito de confraternização. Só espírito de porco.
Não tem espírito de confraternização. Só espírito de porco.
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