segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

ALÔ, ALÔ DILMA !!! 90% SÃO CONTRA MUDAR PREVIDÊNCIA


O governo já pode enfrentar problemas antes mesmo de anunciar as mudanças que pretende 
propor para a Previdência, conforme sinalizou o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; 
pesquisa Vox Populi encomendada pela CUT revela que os trabalhadores rejeitam 
veementemente a ideia de mexer na atual legislação; de acordo com a pesquisa, a rejeição parte 
de trabalhadores de todas as faixas de renda, etárias e níveis de escolaridade de todas regiões 
do País; no total, 90% dos trabalhadores rejeitam a possibilidade de mudança nas regras 
previdenciárias; a rejeição aos cortes nos programas sociais atingiu índices ainda maiores, 
especialmente na região Nordeste, onde 90,5% dos pesquisados são contra; os índices 
contrários aos cortes são maiores nas mais baixas faixas de renda e escolaridade

247 - O governo já pode enfrentar problemas antes mesmo de anunciar as mudanças que pretende 
propor para a Previdência, conforme sinalizou o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. 
Pesquisa Vox Populi encomendada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) revela que os 
trabalhadores rejeitam veementemente a ideia de mexer na atual legislação. De acordo com a 
pesquisa, a rejeição parte de trabalhadores de todas as faixas de renda, etárias e níveis de 
escolaridade de todas regiões do País.
A rejeição aos cortes nos programas sociais atingiu índices ainda maiores, especialmente na Região 
Nordeste, onde 90,5% dos pesquisados são contra. Os índices contrários aos cortes são maiores nas 
mais baixas faixas de renda e escolaridade.
A pesquisa mostrou também que os trabalhadores estão atentos e apoiam as medidas que podem 
estimular a geração de emprego, como o aumento da oferta de crédito para fortalecer o mercado 
consumidor, programas para estimular as empresas a manter os empregos e para ajudar as pequenas 
e médias empresas.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, avalia que "a mais importante conclusão" da pesquisa "é que a 
maioria dos brasileiros aprova as propostas da CUT para o Brasil sair da crise, voltar a crescer, gerar 
emprego e melhorar a renda". Isso, diz ele, "é um sinal de que a prioridade do governo deve ser a 
substituição imediata da atual política econômica que só tem gerado recessão e desemprego por uma 
que priorize os interesses da classe trabalhadora".
O Vox Brasil pesquisou, entre os dias 11 e 14 de dezembro, 2000 pessoas com mais de 16 anos, nas 
áreas urbanas e rurais de 125 municípios de todos os Estados e do Distrito Federal.
Previdência social
Entre os entrevistados, 88% responderam que o governo não deveria dificultar as regras para 
aposentadorias. Do total, 87,3% são homens, e 87,7% mulheres. Apenas 9% (9,7% homens e 8,2% 
mulheres) concordam com a medida que está sendo analisada pela equipe econômica e 4% não 
souberam ou não responderam (3% homens e 4% mulheres).
Cortes nos programas sociais
Quanto aos programas sociais, 75% dos trabalhadores responderam que o governo não deve cortar 
recursos. O percentual entre homens (75,2%) e mulheres (75,5%), foi praticamente igual. Outros 
21% disseram que o governo deve fazer cortes. Novamente, os percentuais entre homens (21,6%) e 
mulheres (20,9%) foram quase iguais. Apenas 3% não souberam ou não responderam (NS/NR).
Propostas para reduzir impostos sobre salários
Questionados sobre redução de impostos sobre salários e aumento de impostos sobre os lucros e 
ganhos das empresas, os trabalhadores defenderam as opções que, para eles, ajudam a garantir ou 
aumentar os postos de trabalho. 82% responderam que diminuir impostos sobre salários ajudaria o 
país. Para 7% prejudicaria. Outros 7% acham que nem ajuda nem prejudica e 5% (NS/NR).
Dos 82% favoráveis à redução de impostos sobre salários, 83,3% são homens e 80,4% mulheres; 
80% são jovens e 84,4% adultos. A medida é aprovada em todas as faixas de renda (81,3% dos que 
ganham até 2 SM, 82% dos que ganham entre 2 e 5 SM e 82,4% dos que ganham mais de 5 SM) e 
níveis de escolaridade (79,6% ensino fundamental, 85,1% ensino médio e 81,6% superior). Mais 
uma vez, a maior aprovação é no Nordeste, 85,3%. No Centro Oeste/Norte, 79,3%, no Sudeste, 
82,3% e no Sul, 76,2%.
Ajuste fiscal
Já o ajuste fiscal divide os pesquisados. Para 42% o ajuste atinge igualmente todos os segmentos da 
sociedade. Outros 47% acreditam que atinge mais os trabalhadores. Os índices são parecidos quando 
se analisam os dados por faixa etária e renda. Para 44,1% dos homens e 40,8% das mulheres atinge 
toda a sociedade. Para 47,2% dos homens e 46,9% das mulheres atinge mais a classe trabalhadora.
Moradia
Sob qualquer aspecto que se aborde a questão da moradia, a resposta dos/as trabalhadores é a 
mesma: é preciso investir mais. Para 83% do universo pesquisado, fazer uma ampla reforma urbana, 
destinando áreas de prédios mal aproveitados para moradia popular ajudaria o Brasil. Só 5% 
discordaram, 8% acham que nem ajuda nem prejudicaria e 4% (NS/NR).
Concordam que ajudaria o país 82,7% dos homens e 83% das mulheres; 83,6% são jovens e 83% 
adultos, de todas as faixas de renda (86,3% até 2 SM, 82,3% de 2 a 5 SM e 77,2% mais de 5 SM) e 
de escolaridade (83,7% ensino fundamental, 83,5% ensino médio e 78,8% ensino superior). O maior 
índice de aprovação vem da Região Nordeste, 89,7%, seguido do Centro Oeste/Norte, com 88,1%, 
Sudeste com 79,4% e Sul, com 73,6%.
Minha Casa, Minha Vida
Quanto ao aumento do investimento no programa do governo Federal Minha Casa, Minha Vida, para 
82% dos trabalhadores a medida ajudaria o país. Outros 7% disseram que prejudicaria 8% que nem 
prejudica nem ajuda e 3% (NS/NR).
Entre a maioria que aprova, 81,5% são homens e 82,3% mulheres. 84,7% são jovens e 80,4% 
adultos, com ensino fundamental 86%, médio 81% e superior. A medida também é aprovada em 
todas as faixas de renda (87,8% dos que ganham até 2 SM, 80,9% de 2 a 5 SM e 71,9% mais de 5 
SM). No Nordeste, a medida foi aprovada por 91,4% dos entrevistados. No Centro Oeste/Norte por 
85,9%, no Sudeste por 78,5% e no Sul por 68,6%.
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