O governo já pode enfrentar problemas antes mesmo de anunciar as mudanças que pretende
propor para a Previdência, conforme sinalizou o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa;
pesquisa Vox Populi encomendada pela CUT revela que os trabalhadores rejeitam
veementemente a ideia de mexer na atual legislação; de acordo com a pesquisa, a rejeição parte
de trabalhadores de todas as faixas de renda, etárias e níveis de escolaridade de todas regiões
do País; no total, 90% dos trabalhadores rejeitam a possibilidade de mudança nas regras
previdenciárias; a rejeição aos cortes nos programas sociais atingiu índices ainda maiores,
especialmente na região Nordeste, onde 90,5% dos pesquisados são contra; os índices
contrários aos cortes são maiores nas mais baixas faixas de renda e escolaridade
247 - O governo já pode enfrentar problemas antes mesmo de anunciar as mudanças que pretende
247 - O governo já pode enfrentar problemas antes mesmo de anunciar as mudanças que pretende
propor para a Previdência, conforme sinalizou o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
Pesquisa Vox Populi encomendada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) revela que os
trabalhadores rejeitam veementemente a ideia de mexer na atual legislação. De acordo com a
pesquisa, a rejeição parte de trabalhadores de todas as faixas de renda, etárias e níveis de
escolaridade de todas regiões do País.
A rejeição aos cortes nos programas sociais atingiu índices ainda maiores, especialmente na Região
Nordeste, onde 90,5% dos pesquisados são contra. Os índices contrários aos cortes são maiores nas
mais baixas faixas de renda e escolaridade.
A pesquisa mostrou também que os trabalhadores estão atentos e apoiam as medidas que podem
A pesquisa mostrou também que os trabalhadores estão atentos e apoiam as medidas que podem
estimular a geração de emprego, como o aumento da oferta de crédito para fortalecer o mercado
consumidor, programas para estimular as empresas a manter os empregos e para ajudar as pequenas
e médias empresas.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, avalia que "a mais importante conclusão" da pesquisa "é que a
maioria dos brasileiros aprova as propostas da CUT para o Brasil sair da crise, voltar a crescer, gerar
emprego e melhorar a renda". Isso, diz ele, "é um sinal de que a prioridade do governo deve ser a
substituição imediata da atual política econômica que só tem gerado recessão e desemprego por uma
que priorize os interesses da classe trabalhadora".
O Vox Brasil pesquisou, entre os dias 11 e 14 de dezembro, 2000 pessoas com mais de 16 anos, nas
O Vox Brasil pesquisou, entre os dias 11 e 14 de dezembro, 2000 pessoas com mais de 16 anos, nas
áreas urbanas e rurais de 125 municípios de todos os Estados e do Distrito Federal.
Previdência social
Entre os entrevistados, 88% responderam que o governo não deveria dificultar as regras para
Previdência social
Entre os entrevistados, 88% responderam que o governo não deveria dificultar as regras para
aposentadorias. Do total, 87,3% são homens, e 87,7% mulheres. Apenas 9% (9,7% homens e 8,2%
mulheres) concordam com a medida que está sendo analisada pela equipe econômica e 4% não
souberam ou não responderam (3% homens e 4% mulheres).
Cortes nos programas sociais
Quanto aos programas sociais, 75% dos trabalhadores responderam que o governo não deve cortar
Cortes nos programas sociais
Quanto aos programas sociais, 75% dos trabalhadores responderam que o governo não deve cortar
recursos. O percentual entre homens (75,2%) e mulheres (75,5%), foi praticamente igual. Outros
21% disseram que o governo deve fazer cortes. Novamente, os percentuais entre homens (21,6%) e
mulheres (20,9%) foram quase iguais. Apenas 3% não souberam ou não responderam (NS/NR).
Propostas para reduzir impostos sobre salários
Questionados sobre redução de impostos sobre salários e aumento de impostos sobre os lucros e
Questionados sobre redução de impostos sobre salários e aumento de impostos sobre os lucros e
ganhos das empresas, os trabalhadores defenderam as opções que, para eles, ajudam a garantir ou
aumentar os postos de trabalho. 82% responderam que diminuir impostos sobre salários ajudaria o
país. Para 7% prejudicaria. Outros 7% acham que nem ajuda nem prejudica e 5% (NS/NR).
Dos 82% favoráveis à redução de impostos sobre salários, 83,3% são homens e 80,4% mulheres;
Dos 82% favoráveis à redução de impostos sobre salários, 83,3% são homens e 80,4% mulheres;
80% são jovens e 84,4% adultos. A medida é aprovada em todas as faixas de renda (81,3% dos que
ganham até 2 SM, 82% dos que ganham entre 2 e 5 SM e 82,4% dos que ganham mais de 5 SM) e
níveis de escolaridade (79,6% ensino fundamental, 85,1% ensino médio e 81,6% superior). Mais
uma vez, a maior aprovação é no Nordeste, 85,3%. No Centro Oeste/Norte, 79,3%, no Sudeste,
82,3% e no Sul, 76,2%.
Ajuste fiscal
Já o ajuste fiscal divide os pesquisados. Para 42% o ajuste atinge igualmente todos os segmentos da
Já o ajuste fiscal divide os pesquisados. Para 42% o ajuste atinge igualmente todos os segmentos da
sociedade. Outros 47% acreditam que atinge mais os trabalhadores. Os índices são parecidos quando
se analisam os dados por faixa etária e renda. Para 44,1% dos homens e 40,8% das mulheres atinge
toda a sociedade. Para 47,2% dos homens e 46,9% das mulheres atinge mais a classe trabalhadora.
Moradia
Sob qualquer aspecto que se aborde a questão da moradia, a resposta dos/as trabalhadores é a
Moradia
Sob qualquer aspecto que se aborde a questão da moradia, a resposta dos/as trabalhadores é a
mesma: é preciso investir mais. Para 83% do universo pesquisado, fazer uma ampla reforma urbana,
destinando áreas de prédios mal aproveitados para moradia popular ajudaria o Brasil. Só 5%
discordaram, 8% acham que nem ajuda nem prejudicaria e 4% (NS/NR).
Concordam que ajudaria o país 82,7% dos homens e 83% das mulheres; 83,6% são jovens e 83%
adultos, de todas as faixas de renda (86,3% até 2 SM, 82,3% de 2 a 5 SM e 77,2% mais de 5 SM) e
de escolaridade (83,7% ensino fundamental, 83,5% ensino médio e 78,8% ensino superior). O maior
índice de aprovação vem da Região Nordeste, 89,7%, seguido do Centro Oeste/Norte, com 88,1%,
Sudeste com 79,4% e Sul, com 73,6%.
Minha Casa, Minha Vida
Quanto ao aumento do investimento no programa do governo Federal Minha Casa, Minha Vida, para
Quanto ao aumento do investimento no programa do governo Federal Minha Casa, Minha Vida, para
82% dos trabalhadores a medida ajudaria o país. Outros 7% disseram que prejudicaria 8% que nem
prejudica nem ajuda e 3% (NS/NR).
Entre a maioria que aprova, 81,5% são homens e 82,3% mulheres. 84,7% são jovens e 80,4%
adultos, com ensino fundamental 86%, médio 81% e superior. A medida também é aprovada em
todas as faixas de renda (87,8% dos que ganham até 2 SM, 80,9% de 2 a 5 SM e 71,9% mais de 5
SM). No Nordeste, a medida foi aprovada por 91,4% dos entrevistados. No Centro Oeste/Norte por
85,9%, no Sudeste por 78,5% e no Sul por 68,6%.
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