quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PROCURADORES (FANFARRÕES) VÃO ANULAR A LAVA JATO!


Vai cair tudo no Supremo. Até o Cunha será absolvido!

Pendência inesperada
De Janio de Freitas 

(...)
O problema está na maneira de obter dados e providências dos promotores suíços, referentes a 
possíveis contas e movimentos fi­nanceiros de interesse da Lava Ja­to. O acordo de colaboração en­tre 
Brasil e Suíça contra crimes financeiros obriga que todo intercâmbio tenha um único ponto de 
partida ou chegada aqui, e outro lá. No Brasil, tal ponto é o setor específico do Ministério da Justiça. 
A obrigação evita que investigações suíças se vejam assoberbadas por pedidos que não passaram por 
uma avaliação do seu fundamento e origem.
O primeiro sinal de contas e movimentações suspeitas, com probabilidade de servirem a negócios 
ilícitos sob investigação no Brasil, foi dado pelos suíços. A partir do sinal, a Lava Jato tentou a 
obtenção direta das informações complementares e dos documentos comprovadores, mas os suíços 
não saíram dos termos do acordo. Como uma providência admirável, foi divulgada aqui a ida de três 
integrantes da Lava Jato à Suíça, para buscar a documentação. Sobre os resultados da viagem, a 
prodigalidade de vazamentos da Lava Jato não se confirmou.
A iniciativa da missão passava à margem do setor específico do Ministério da Justiça e das 
exigências do acordo com a Suíça. A ação direta do Ministério Públi­co, inclusive autorizada pelo pro­
curador-geral Rodrigo Janot, é vista por vários juristas e professores ouvidos por algumas das 
defesas como procedimento irregular capaz de levar à invalidação de parte das acusações a diferen­tes 
réus. Da Lava Jato, vem a resposta de que seus emissários ape­nas foram selecionar, na relação suíça 
de suspeitos, os nomes a serem encaminhados ao Ministério da Justiça para o pedido à Suíça.
Mas é ao menos duvidoso que, para tal fim, a viagem fosse ne­cessária. Mais do que não se ne­gar à 
colaboração pelos canais corretos, os suíços têm mesmo a iniciativa das informações. Foi assim, 
além da Lava Jato, na cor­rupção do metrô e dos trens pau­listas, até que um procurador en­furnou a 
documentação e os suí­ços se aborreceram. A base do trabalho deles é a investigação, não a delação 
premiada, e os suí­ços disseram sentir-se desconsi­derados pelo descaso do Ministério Público 
brasileiro.
Se nem mesmo um precisaria viajar, três procuradores apenas para repassar uma lista de nomes 
parece um pouco exagerado. E, à parte a divergência que os magis­trados vão decidir, é esquisito que 
até o procurador-geral Ro­drigo Janot conduzisse a opera­ção excluindo o Ministério da Justiça e os 
termos de um acordo internacional.
(...)

Em tempo: sem falar no grampo de mictório, colaboração da PF do zé às republicanas investigações. 
___________________________________________

Nenhum comentário: