Vai cair tudo no Supremo. Até o Cunha será absolvido!
Pendência inesperada
De Janio de Freitas
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O problema está na maneira de obter dados e providências dos promotores suíços, referentes a
O problema está na maneira de obter dados e providências dos promotores suíços, referentes a
possíveis contas e movimentos financeiros de interesse da Lava Jato. O acordo de colaboração entre
Brasil e Suíça contra crimes financeiros obriga que todo intercâmbio tenha um único ponto de
partida ou chegada aqui, e outro lá. No Brasil, tal ponto é o setor específico do Ministério da Justiça.
A obrigação evita que investigações suíças se vejam assoberbadas por pedidos que não passaram por
uma avaliação do seu fundamento e origem.
O primeiro sinal de contas e movimentações suspeitas, com probabilidade de servirem a negócios
ilícitos sob investigação no Brasil, foi dado pelos suíços. A partir do sinal, a Lava Jato tentou a
obtenção direta das informações complementares e dos documentos comprovadores, mas os suíços
não saíram dos termos do acordo. Como uma providência admirável, foi divulgada aqui a ida de três
integrantes da Lava Jato à Suíça, para buscar a documentação. Sobre os resultados da viagem, a
prodigalidade de vazamentos da Lava Jato não se confirmou.
A iniciativa da missão passava à margem do setor específico do Ministério da Justiça e das
A iniciativa da missão passava à margem do setor específico do Ministério da Justiça e das
exigências do acordo com a Suíça. A ação direta do Ministério Público, inclusive autorizada pelo pro
curador-geral Rodrigo Janot, é vista por vários juristas e professores ouvidos por algumas das
defesas como procedimento irregular capaz de levar à invalidação de parte das acusações a diferentes
réus. Da Lava Jato, vem a resposta de que seus emissários apenas foram selecionar, na relação suíça
de suspeitos, os nomes a serem encaminhados ao Ministério da Justiça para o pedido à Suíça.
Mas é ao menos duvidoso que, para tal fim, a viagem fosse necessária. Mais do que não se negar à
colaboração pelos canais corretos, os suíços têm mesmo a iniciativa das informações. Foi assim,
além da Lava Jato, na corrupção do metrô e dos trens paulistas, até que um procurador enfurnou a
documentação e os suíços se aborreceram. A base do trabalho deles é a investigação, não a delação
premiada, e os suíços disseram sentir-se desconsiderados pelo descaso do Ministério Público
brasileiro.
Se nem mesmo um precisaria viajar, três procuradores apenas para repassar uma lista de nomes
parece um pouco exagerado. E, à parte a divergência que os magistrados vão decidir, é esquisito que
até o procurador-geral Rodrigo Janot conduzisse a operação excluindo o Ministério da Justiça e os
termos de um acordo internacional.
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Em tempo: sem falar no grampo de mictório, colaboração da PF do zé às republicanas investigações.
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Em tempo: sem falar no grampo de mictório, colaboração da PF do zé às republicanas investigações.
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