terça-feira, 17 de novembro de 2015

O DIA EM QUE A PM DEU UMA SURRA EM QUEM PEDE A INTERVENÇÂO MILITAR



por : Kiko Nogueira

As milícias de extrema direita que estão acampadas em frente ao Congresso Nacional passaram por
um vexame no 15 de novembro que faria qualquer pessoa normal enfiar a viola no saco.
Mas eles não são pessoas normais — são guerreiros do povo brasileiro, certo?
Menos de 2 mil se juntaram aos panacas do MBL e do Vem Pra Rua (cuja líder é uma desocupada 
que se acorrentou numa pilastra) para pedir o impeachment de Dilma.
Sem pai (Cunha) nem mãe (Aécio), contaram com Joice Hasselmann, a ex-apresentadora da TV Veja 
que agora precisa se virar de algum jeito. Joice, que já não falava coisa com coisa, continuar sem 
falar coisa com coisa, exatamente o que seus fãs querem ouvir.
Renan Haas, o líder do MBL com mais nomes na Justiça do que Carlinhos Cachoeira, mentiu 
dizendo que ônibus foram impedidos de chegar. Marcello Reis, dos Revoltados On Line, foi um 
pouco mais longe e colocou uma foto de 2013 para comprovar a “emboscada”.
Marcellão, valente como sempre, surtou quando viu meia dúzia de índios e aproveitou para mais uma 
vez pedir dinheiro, desta feita para “contratar seguranças”. Um ambulante entrevistado pelo Estadão 
estava triste. “Num dia bom, faço uns mil reais com a venda dos meus produtos. Hoje acho que vai 
ser meio difícil”, disse Antônio de Souza.
No meio da chuva, enfim, veio o golpe de misericórdia nos golpistas: tomaram um cacete da PM.
Os doentes da intervenção militar invadiram o espelho d’água, tentaram um putsch e foram 
colocados para correr por aqueles que consideravam herois. Alguns ainda experimentaram o 
gostinho dos sprays de pimenta na cara.
Muitos deles eram os mesmos que tiraram selfies com policiais e cachorros na Paulista e em 
Copacabana. Uma traição. Não bastasse, naquele dia seu guru Olavo de Carvalho, cada vez mais 
xarope, tomava uma invertida do Exército no Facebook.
Chamou o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante da instituição, de “canalha”, 
“traidor nojento”, entrou outras ofensas pesadas. Foi avisado de que seus “xingamentos, acusações 
sem provas e publicações de boatos” seriam “analisados na esfera jurídica” e banido da página.
Como a estupidez dessa corja não conhece limite, é possível que os gatos pingados continuem ali, 
em nome de uma entidade abstrata (“nosso povo”, “gente de bem” e por aí vai), apanhando de quem 
eles consideravam aliados e prestando um favor enorme à democracia ao dar uma nova dimensão à 
expressão “vergonha alheia”.


Kataguiri  o Cuzão no Centro) e as gêmeas do nado sincronizado

AGE20151115155 Protestos só juntam gatos pingados e caem no ridículo
“Protestos” só juntaram gatos pingados e cairam no ridículo
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