Já o blog hoje está meio teatral, mais um espetáculo em cartaz esta semana: a anunciada acareação
entre Fernando BaianoSoares e Paulo Roberto Costa.
Dois ladrões confessos, cada um à procura de maiores favores do juiz Sérgio Moro, a exemplo de
Dois ladrões confessos, cada um à procura de maiores favores do juiz Sérgio Moro, a exemplo de
Alberto Youssef, que ontem teve mais uma “condenação zero” no processo em que o magistrado das
camisas negras – esperemos que suas referências na Itália se limite às “Mãos Limpas” – sentenciou
os dirigentes da empreiteira Mendes Júnior. Youssef, como se sabe, pegou cinco e anos e nada mais,
mesmo que confesse ter roubado 200 vezes.
O mais provável é que, através de suas defesas, seja armada uma “conta de chegar”, aparando as
arestas entre uma e outra delação.
Mas, se permanecerem as contradições insanáveis entre as histórias contadas por ambos, estaremos
Mas, se permanecerem as contradições insanáveis entre as histórias contadas por ambos, estaremos
diante da seguinte situação paradoxal: pelo menos um, senão os dois, dos mais importantes pilares da
Operação Lava Jato estarão completamente abalados.
A corrupção só tem uma e irrefutável prova: o dinheiro, o enriquecimento sem causa e,
A corrupção só tem uma e irrefutável prova: o dinheiro, o enriquecimento sem causa e,
preferencialmente, clandestino em troca de algum ato ilegal praticado.
Mas estamos assistindo situações fantásticas.
Como por exemplo, a de Pedro Barusco, que conta no seu depoimento, em vídeo, que ganhava
Mas estamos assistindo situações fantásticas.
Como por exemplo, a de Pedro Barusco, que conta no seu depoimento, em vídeo, que ganhava
milhões para não fazer nada, nem ameaçando qualquer empresa. Pura benemerência de quase US$
100 milhões! O Dr. Moro aceita a tese, placidamente.
Já a declaração do ex-vice-presidente da Mendes Júnior, Sergio Cunha Mendes de que pagou propina
Já a declaração do ex-vice-presidente da Mendes Júnior, Sergio Cunha Mendes de que pagou propina
porque foi extorquido por Paulo Roberto Costa, ameaçado de perder contratos é descartada sob o
argumento de que quem é extorquido procura a Polícia. Neste caso, portanto, não haveria extorsão
no mundo, não é?
O dispositivo legal de que ninguém será condenado com base exclusivamente em delações
premiadas é contornado com a anexação de alguns pagamentos daqui e dali e pronto.
Viramos uma delegacia do sertão, com uma versão “cool” do “pendura ele até falar” e da confissão
se constrói todo o caso.
Costa diz que Baiano operava para o PMDB; Baiano diz que Costa escondeu dinheiro para fruir
depois do “pega-leve” de Moro.
Um já está em sua casa, num condomínio de luxo na Barra. O outro sai por estes dias, para retomar
suas atividades de “malhar” compulsivamente.
Ninguém pobre, ninguém falido, ninguém separado dos seus.
Ah, e com a quase certeza de que não será fácil reformar qualquer sentença destas que saem em série
de Curitiba: que juiz vai querer ser execrado pela imprensa, ter sua vida pessoal vasculhada e acabar
desmoralizado diante da ditadura do Supremo Tribunal da Mídia, onde a palavra de ladrões é o
quanto basta para tudo?
E o Dr. Moro, do alto de sua obra de demolição da maior empresa brasileira, orgulhando-se de dizer
que “a corrupção era a regra do jogo” na Petrobras, fazendo tábula rasa entre dois ladrões “de
carreira” e 90 mil funcionários de uma das mais qualificadas empresas do Brasil?
E se nós pegássemos o exemplo daquele juiz Casem Mazloum e deste outro que desfilava com o
Porsche apreendido do empresário Eike Batista e disséssemos que a bandalha é a regra do jogo na
Justiça Federal?
O Dr. Moro, na sua obsessão de se tornar o homem das “Mãos Limpas” tupiniquim está impondo ao
Brasil o impensável.
E o encontro dos dois ladrões, esta semana, será mais um capítulo desta ópera bufa.
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suas atividades de “malhar” compulsivamente.
Ninguém pobre, ninguém falido, ninguém separado dos seus.
Ah, e com a quase certeza de que não será fácil reformar qualquer sentença destas que saem em série
de Curitiba: que juiz vai querer ser execrado pela imprensa, ter sua vida pessoal vasculhada e acabar
desmoralizado diante da ditadura do Supremo Tribunal da Mídia, onde a palavra de ladrões é o
quanto basta para tudo?
E o Dr. Moro, do alto de sua obra de demolição da maior empresa brasileira, orgulhando-se de dizer
que “a corrupção era a regra do jogo” na Petrobras, fazendo tábula rasa entre dois ladrões “de
carreira” e 90 mil funcionários de uma das mais qualificadas empresas do Brasil?
E se nós pegássemos o exemplo daquele juiz Casem Mazloum e deste outro que desfilava com o
Porsche apreendido do empresário Eike Batista e disséssemos que a bandalha é a regra do jogo na
Justiça Federal?
O Dr. Moro, na sua obsessão de se tornar o homem das “Mãos Limpas” tupiniquim está impondo ao
Brasil o impensável.
E o encontro dos dois ladrões, esta semana, será mais um capítulo desta ópera bufa.
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