quarta-feira, 11 de novembro de 2015

No Brasil de Tite, CBF insiste em ficar com Dunga




"Viva o Timão, viva o Tite, já pintou o campeão". Na manhã de 20 de setembro, quer dizer, um 
domingo de 48 dias atrás, foi este o título que dei aqui no Balaio após a vitória do Corinthians contra 
o Santos, por 2 a 0, no Itaquerão, com dois gols de Jadson.
De vez em quando, a gente acerta. Também, eu reconheço, não era preciso ser nenhum gênio da 
cronica esportiva, um craque como Cosme Rímoli ou Juca Kfouri, para acertar esta previsão. O 
motivo da minha certeza com larga antecedência era um só: Tite, de longe o melhor técnico em 
atividade no país.
Tite tornou-se uma unanimidade nacional, menos para Marco Polo Del Nero, o herdeiro de José 
Maria Marin na CBF, que prefere insistir com Dunga, um técnico medíocre, mas muito obediente a 
quem manda.
Prestes a conquistar o bicampeonato brasileiro pelo Timão, Tite não contava, no começo do 
Brasileirão, com um elenco dos mais brilhantes e ainda perdeu alguns dos seus melhores jogadores, 
mas com o que sobrou montou uma equipe compacta, solidária, com jogadas bem ensaiadas.
Renato Augusto, Jadson e Elias é que se tornaram craques nas mãos dele, cada qual com seu papel 
bem definido no meio de campo e no ataque, com deslocamentos constantes e toques de bola rápidos.
Se estivesse na seleção, Tite poderia até convocar os mesmos jogadores de Dunga, mas a seleção 
certamente ganharia logo um outro padrão de jogo para voltar a ser respeitada pelos adversários, ao 
contrário deste amontoado café com leite de Dunga, com seu futebol burocrático e cansadão, 
previsível como o do meu São Paulo.
Escrevi no texto citado na abertura e posso repetir hoje: "Tite é um cara meio chato, fala num 
gauchês enrolado, e ficou ainda pior depois de fazer um estágio na Europa, agora com ares de 
professor emérito. Dá mais entrevistas na televisão do que o Joaquim Levy, mas não podemos 
duvidar da sua competência. E é isso que interessa no futebol, na política, na economia, no 
jornalismo, na publicidade e em tudo na vida. Quando perde, não culpa os jogadores nem a
diretoria. Se ganha, não precisa explicar nada".
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