sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Moro só aceita honraria da Veja e da Globo


E dá uma banana à Câmara

Juiz da Lava Jato recusa medalha da Câmara

Agraciado com uma “medalha do mérito legislativo”, oferecida pela Câmara, o juiz federal Sérgio 
Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, recusou a honraria, que seria entregue em sessão solene 
marcada para quarta-feira (18) da semana que vem. Fez isso por meio de ofício. Em linguagem 
polida, Moro informou no texto que tem mais o que fazer:
“Devido à agenda atribulada e aos compromissos prementes relacionados à condução dos processos 
atinentes à assim denominada Operação Lava Jato, inclusive com acusados presos, informo que não 
tenho condições de comparecer à Câmara para receber a medalha na data sugerida.”
Sem mencionar os nomes dos 23 deputados enroscados no escândalo da Petrobras, entre eles 
Eduardo Cunha, que presidirá a solenidade e entregará as medalhas, Moro escreveu no ofício que 
prefere se abster de constrangimentos:
“…No presente momento, havendo parlamentares federais denunciados em decorrência da Operação 
Lava Jato, também não me sentiria confortável em receber o aludido prêmio, o que poderia ser mal 
interpretado ou gerar constrangimentos desnecessários.”
De resto, Moro informa no ofício que, considerando-se a importância da medalha, prefere não enviar 
representante. E deixa no ar a hipótese de recebê-la em ocasião menos imprópria. “…Se for possível, 
sugeriria que a premiação em relação à minha pessoa fosse postergada para um momento mais 
apropriado. Se não for possível, peço desde logo sinceras escusas à instituição.”
A ‘medalha do mérito legislativo’ é concedida uma vez por ano a pessoas que “realizaram ou 
realizam serviço de relevância para a sociedade.” O site da Câmara esclarece que “pode ser um 
cientista, um político, um ator, um cantor, um religioso, enfim qualquer pessoa que em certo 
momento da história do país realizou trabalho que teve repercussão e recebeu a admiração do povo 
brasileiro.” O nome de Moro escalou a lista por iniciativa da liderança do PPS, comandada por 
Rubens Bueno, que tem proximidade geográfica com Moro. um partido cujo líder, deputado Rubens 
Bueno, tem proximidade geográfica com Moro. Foi eleito pelo Paraná, berço da Lava Jato.
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