O Estadão dá com algum destaque, hoje, o fato de que Celso Russomano, líder do PRB na Câmara,
aliado de Eduardo Cunha e aparente favorito na disputa pela Prefeitura de São Paulo é sócio do
empresário Augusto Mendonça – delator premiado e pagador de propinas na Petrobras, segundo ele
mesmo – num tal Bar do Alemão, em Brasília.
Não é crime ser sócio de ninguém e, portanto, a reportagem é, por enquanto, a estranha coincidência.
E é muito econômica, porque a história já nasceu de forma esquisita, registrada no próprio Estadão.
Não é crime ser sócio de ninguém e, portanto, a reportagem é, por enquanto, a estranha coincidência.
E é muito econômica, porque a história já nasceu de forma esquisita, registrada no próprio Estadão.
Pouco antes das eleições para a Prefeitura paulistana, descobriu-se que ele era dono de 26,66% do tal
bar, com capital, ainda a ser integralizado, de R$1.142.860,00. Nas eleições passada, continuava
dono, mas sua cota de capital havia baixado para 407 mil, não se sabe se por que razão, e isso não foi
perguntado ao deputado que, na ocasião, disse que não colocava nem um tostão no negócio, ia pagar
sua parte trabalhando como gerente.
Também não foi dito que o pai de outra sócia, Luna Gomes, Eduardo Gomes, foi deputado pelo
Também não foi dito que o pai de outra sócia, Luna Gomes, Eduardo Gomes, foi deputado pelo
PSDB do Tocantins – o que também não é crime, claro – mas tem uma história de investigação na
Operação Miquéias, da Polícia Federal, que investigou desvios de dinheiro de institutos de
previdência de servidores. Neste momento, o inquérito está no STF e contra Gomes existem, entre
outras provas, diálogos gravados entre ele e o doleiro Fayed Antoine Traboulsi.
Pararam as coincidências com os sócios e amigos de Russomano, que durante muitos anos foi
Pararam as coincidências com os sócios e amigos de Russomano, que durante muitos anos foi
presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Polícia Federal, mas nunca recebeu dela nem um
cochicho do que faziam seus sócios, mesmo um deles sendo objeto de um processo público?
Não acabaram os acasos, não…Quem se der ao trabalho de ler a edição de O Globo de 13 de março
Não acabaram os acasos, não…Quem se der ao trabalho de ler a edição de O Globo de 13 de março
do ano passado vai saber que “a operação, batizada de “Lava-Jato”, é o desdobramento da operação
Miqueias”, a origem do “embrulho”.
Ganhou este nome por conta de um posto de gasolina – o Posto da Torre, que fazia
Ganhou este nome por conta de um posto de gasolina – o Posto da Torre, que fazia
movimentadíssimas promoções de venda em dinheiro – pertencente a Carlos Habib Chater, que era
operador de Traboulsi e de…Alberto Youssef.
Como o mundo é pequeno…Então o sócio de Russomano, o delator Augusto Mendonça, que diz que
Como o mundo é pequeno…Então o sócio de Russomano, o delator Augusto Mendonça, que diz que
pagava propinas na Petrobras tem relações com os Gomes, envolvidos na Operação Miquéias, que
conversava e fazia negócios com um doleiro que operava o tal Lava-Jato onde Alberto Youssef
lavava as suas verdinhas?
Aliás, o Ingeprev, um dos institutos previdenciários de que se acusa Eduardo Gomes de fraudar,
Aliás, o Ingeprev, um dos institutos previdenciários de que se acusa Eduardo Gomes de fraudar,
investiu R$ 13 milhões na empresa Máxima Private Equity Fundo de Investimentos em Participações
de quem? Bingo! De Alberto Youssef.
Quem disse que não existem coincidências?
Quem disse que não existem coincidências?
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