quarta-feira, 4 de novembro de 2015

DESAFIO AOS PESSIMISTAS


Não quero preto nem desdentado no jornal nacional!​

Desafio aos pessimistas

Por  Patrus Ananias (Ministro do Desenvolvimento Agrário)

Movido pela agenda do Ministério do Desenvolvimento Agrário, tenho viajado o Brasil. Por conta 
do projeto Territórios em Foco, quando mergulho numa região por três dias, experimento as políticas 
públicas e ouço a comunidade local. As andanças revelaram um Brasil muito maior do que a crise. 
Em especial, chamou a atenção os quatro anos da seca no semiárido nordestino. Há 12 anos 
poderíamos prever as consequências da estiagem: levas de retirantes clamando por comida. O 
cenário hoje é visceralmente distinto. 
Agora vi quilombolas, antes renegados, cultivando a terra e preservando suas tradições no Maranhão. 
Vi filhos de agricultores familiares nas escolas Família Agrícola, no Espírito Santo. No Ceará, vi 
plantação irrigada de feijão. Vi o sertanejo enfrentando a seca amparado em 1,2 milhão de cisternas. 
Vi a eficácia do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que cresceu 
dez vezes nos últimos 12 anos e hoje assegura recursos de R$ 28,9 bilhões. Vi agricultoras 
recebendo títulos de terras das quais detinham apenas a posse. Vi filhos de agricultores beneficiados 
pelo Prouni. 
Viajando, vi a eficiência dos programas implantados desde que o presidente Lula assumiu a 
Presidência, em 2003. Senti os efeitos positivos do Bolsa Família, do Benefício de Prestação 
Continuada.
Quando Lula lançou o Fome Zero, muitos disseram que o programa era inexequível. Duvidavam:
"Acabar com a fome?". Pois em 2014 vi a Organização das Nações Unidas para Alimentação e 
Agricultura (FAO) retirar o Brasil do mapa da fome. 
Tudo isso não é passado, é presente. A propaganda que avassala o país cria o desvario da "terra 
arrasada", como se tudo o que foi construído nos últimos 12 anos tivesse desaparecido. Ao contrário, 
foi incorporado de forma incontornável à nossa realidade. Por isso precisamos ter consciência da 
ameaça representada pelo pessimismo. 
(…)

O livro “O Quarto Poder” revela as instruções que Roberto Marinho deu a Armando Nogueira sobre
como editar o jornal nacional.
Além de não querer preto nem desdentado no jornal nacional, Marinho ensinou:
“O Globo, Armando, é o que é não pelo que deu, mas pelo que não deu”.
É o que fazem o jn e o PiG até hoje: não “dão” o que Patrus vê pelo Brasil afora.
E torna possível disseminar o pessimismo, a política do “quanto pior melhor” - “envenenar” o Brasil, 

Paulo Henrique Amorim
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