quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Canal de Belo Monte está pronto, com 20 km de extensão


A obra é uma solução da engenharia brasileira que permitiu a redução em 61% da área de 
reservatório de Belo Monte.

Construção exigiu escavações de 110 mi de metros cúbicos de terra e rocha, em obra executada no 
tempo recorde de 4 anos
Uma das fases mais importantes das obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte acaba de ser concluída, 
depois de exigir escavações de 110 milhões de metros cúbicos de terra e rocha. Todo esse trabalho 
foi necessário para formar o canal de derivação da usina, uma obra com 20 km de extensão, 300m 
médios de largura e 25m de profundidade, por onde será desviada parte da água do rio Xingu que irá 
encher o reservatório intermediário da usina e alimentará as 18 turbinas da casa de força principal.
O gigantesco volume de solo e rocha escavado é praticamente a metade do que foi retirado para 
formar outra obra monumental: o Canal do Panamá, com a vantagem de o trabalho na região do 
Xingu ter sido feito em tempo recorde: apenas 4 anos.
Atualmente, o canal está em fase final de revestimento em rocha dos taludes e piso, com previsão de 
finalização para novembro de 2015. Sobre o canal foi construída ainda a Ponte do Travessão 27, 
finalizada em outubro.
Dos 110 milhões de metros cúbicos escavados no canal, 85 milhões foram de solo e 25 milhões de 
rocha. Com fatia de 4 km que ficará submersa no reservatório intermediário, o canal de derivação de 
Belo Monte conduzirá uma vazão máxima de 13.950 metros cúbicos de água por segundo.
A obra é uma solução da engenharia brasileira que permitiu a redução em 61% da área de 
reservatório de Belo Monte em relação ao projeto original do empreendimento, produzindo, portanto, 
impacto social e ambiental muito menor para a região do Médio Xingu.
O Canal de Derivação liga o reservatório principal, de 359 quilômetros quadrados formado no 
próprio leito do rio Xingu, ao reservatório intermediário, de 119 quilômetros quadrados construído 
com 28 diques para fornecer a água que vai movimentar as turbinas da casa de força principal da 
hidrelétrica.
Belo Monte terá capacidade instalada de 11.233,1 megawatts (MW), com previsão de operação da 
primeira turbina da Casa de Força Complementar, no Sítio Pimental, após a concessão da Licença de 
Operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em março de 2016, será ativada a primeira turbina da casa de força principal, no Sítio Belo Monte. 
Em janeiro de 2019, está programada a operação plena da hidrelétrica, com 24 turbinas, sendo 18 do 
tipo Francis e 6 do tipo bulbo (que garantem menor impacto ambiental).
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