Por Renato Rovai
Há exceções, como em tudo na vida, mas os golpes não acontecem por acaso e nem de uma hora para outra. Necessitam de terreno fértil.
E esse terreno vai sendo fertilizado aos poucos.
Quando tudo parece ir bem, é que o diabo trabalha.
Durante um imenso período setores mais conservadores e a mídia tradicional batiam doído todos os dias no PT, em Lula, na Dilma, nas pautas progressistas, nas feministas e em tudo que parecesse ser de esquerda.
Pastores do ódio, políticos canalhas, sites fascistas e jornalistas a soldo do esquema montaram tocaia ainda quando tudo parecia estar tranquilo.
Quando aquilo tudo parecia só fazer parte do processo democrático. E não uma tentativa clara de derrotá-lo.
O polvo foi crescendo e ampliando tentáculos.
Para o Judiciário, as polícias todas, a classe médica que se emputeceu com o Mais Médicos, os setores médios dos centros urbanos e lideranças populares. Sim, a tese de que é preciso mudar tudo chegou no povão.
Na eleição do ano passado, a vitória de Dilma foi arrancada a fórceps.
E principalmente porque Aécio falava que tinha que mudar tudo. E de qualquer jeito.
E foi extremamente inábil ao chamá-la de leviana por várias vezes. Criando uma fenda entre ele e o eleitorado feminino popular.
Mas voltando à fertilidade do terreno, enquanto o monstro ia sendo alimentado, o governo alimentava os golpistas. Tirou a Globo da bancarrota em 2003, via BNDES, e depois lhe deu 6,2 bilhões de publicidade. Mais do que a Grécia deixou de pagar ao FMI.
E pra quê? Pra apanhar, para que todas as teses progressistas fossem massacradas em todos os veículos. Pra que o debate democrático não existisse. Para que um único lado pudesse falar.
Mesmo assim e com tudo isso, não há nada perdido.
Quem está no governo, governa. Não tem que ficar de chororô.
E também não tem que ficar dizendo que não vai cair.
Tem que fazer acontecer.
E parar de fazer o que disse que não ia fazer.
Parar de mentir e de sacanear a população que confiou no que ouviu.
E parar de achar que fazer política é administrar planilhas.
A Grécia deu um excelente exemplo disso.
Enquanto o grande objetivo do governo Dilma for não perder o investment grade, o risco de ser derrotado e golpeado será iminente.
Porque a economia não deve ditar as ações políticas.
Tem que ser o contrário.
Só há um risco em política, perder sua base, seu povo.
O resto faz parte do jogo.
E esse terreno vai sendo fertilizado aos poucos.
Quando tudo parece ir bem, é que o diabo trabalha.
Durante um imenso período setores mais conservadores e a mídia tradicional batiam doído todos os dias no PT, em Lula, na Dilma, nas pautas progressistas, nas feministas e em tudo que parecesse ser de esquerda.
Pastores do ódio, políticos canalhas, sites fascistas e jornalistas a soldo do esquema montaram tocaia ainda quando tudo parecia estar tranquilo.
Quando aquilo tudo parecia só fazer parte do processo democrático. E não uma tentativa clara de derrotá-lo.
O polvo foi crescendo e ampliando tentáculos.
Para o Judiciário, as polícias todas, a classe médica que se emputeceu com o Mais Médicos, os setores médios dos centros urbanos e lideranças populares. Sim, a tese de que é preciso mudar tudo chegou no povão.
Na eleição do ano passado, a vitória de Dilma foi arrancada a fórceps.
E principalmente porque Aécio falava que tinha que mudar tudo. E de qualquer jeito.
E foi extremamente inábil ao chamá-la de leviana por várias vezes. Criando uma fenda entre ele e o eleitorado feminino popular.
Mas voltando à fertilidade do terreno, enquanto o monstro ia sendo alimentado, o governo alimentava os golpistas. Tirou a Globo da bancarrota em 2003, via BNDES, e depois lhe deu 6,2 bilhões de publicidade. Mais do que a Grécia deixou de pagar ao FMI.
E pra quê? Pra apanhar, para que todas as teses progressistas fossem massacradas em todos os veículos. Pra que o debate democrático não existisse. Para que um único lado pudesse falar.
Mesmo assim e com tudo isso, não há nada perdido.
Quem está no governo, governa. Não tem que ficar de chororô.
E também não tem que ficar dizendo que não vai cair.
Tem que fazer acontecer.
E parar de fazer o que disse que não ia fazer.
Parar de mentir e de sacanear a população que confiou no que ouviu.
E parar de achar que fazer política é administrar planilhas.
A Grécia deu um excelente exemplo disso.
Enquanto o grande objetivo do governo Dilma for não perder o investment grade, o risco de ser derrotado e golpeado será iminente.
Porque a economia não deve ditar as ações políticas.
Tem que ser o contrário.
Só há um risco em política, perder sua base, seu povo.
O resto faz parte do jogo.
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