quarta-feira, 8 de julho de 2015

"Impitima" continua sendo meuzovo.



Se você ler os jornalões ou revistas, parece que o impeachment só depende do Aécio ou Eduardo Cunha marcar a data na agenda. Nada mais falso.
Há desejo e conspiração dentro do PSDB, do DEM e de outros partidos, inclusive no PIG, mas entre querer e poder tem uma grande distância.
Não existem condições jurídicas. É balela a história de que a delação de Ricardo Pessoa tenha algo concreto contra Dilma. Não tem nada. Até o Jornal Nacional já teve o documento em mãos e não encontrou nada. Para a campanha de Dilma, só teve doação oficial, legítima, e não há como incriminá-la.
Também não existem condições políticas para um impeachment.
Uma coisa é Dilma contida, com a responsabilidade de manter a governabilidade como está hoje, governando de forma pragmática.
Outra coisa seria ela ir para um enfrentamento em processo para derrubá-la. Em vez de vidraça, ela passaria a ser estilingue. A alma revolucionária da Dilma que lutou contra a ditadura estaria livre para o embate contra as forças políticas de oposição corruptas, picaretas, do atraso, fascistas e golpistas.
Dilma estaria à vontade para falar muito mais do que Cid Gomes falou quando foi na Câmara, inclusive deflagrando uma agenda de reformas progressistas e saneadoras com amplo apoio popular. O jogo político viraria completamente a favor presidenta, com o povo inteiro passando a apoiá-la.
É por isso que no Congresso Nacional todo mundo da oposição blefa, mas quase ninguém quer pagar para ver a abertura de um processo de impeachment.
Eu até gostaria muito de ver esse cenário de enfrentamento acontecer, se não fosse as consequências para a população mais pobre e vulnerável, pois acredito que haveria sofrimento com desemprego e perda de conquistas sociais durante algum tempo, por paralisia na economia e nos poderes executivo e legislativo.
Por isto o Aécio pode espernear, o PIG pode conspirar, que não tem jeito. Dilma ganhou as eleições para governar até 2018 e é assim que vai ser.
As preocupações devem se voltar para os blefes pararem de ser usados, como estão sendo, apenas para enfraquecer o governo, exigindo concessões políticas além do razoável. E são também usados para desgastar os partidos trabalhistas perante o povo nas eleições de 2016 e 2018.
______________________________________________

Nenhum comentário: