terça-feira, 7 de julho de 2015

Aécio se confunde e diz que foi reeleito "presidente da República"



Jornal GGN - Em entrevista a uma rádio gaúcha nesta terça-feira (7), o senador Aécio Neves, candidato derrotado pela presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição de 2014, se confundiu e disse que foi "reeleito presidente da República" no último final de semana, quando a convenção nacional do PSDB o reconduziu ao comando do partido.
"O que nós dissemos na convenção que me reelegeu, neste domingo, presidente da República, é que o PSDB é um partido pronto para qualquer que seja a saída. Inclusive a permanência da presidente", disse, cometendo um ato falho ao comentar a crença da oposição na possibilidade de impeachment de Dilma.
Ao ser reparado por se auto-proclamar "presidente da República", Aécio admitiu que fez confusão. Na sequência, tentou não colocar-se como candidato natural do PSDB para a próxima eleição. "Estamos longe de 2018. E o partido tem quadros muito qualificados. Temos o governador de São Paulo (Geraldo Alckmin), que certamente se coloca, tem o senador José Serra. Temos que ter a responsabilidade de não antecipar cenários. Não sabemos nem ainda se a eleição será efetivamente em 2018", afirmou.
Para Aécio, "muita gente aposta na divisão do PSDB. Para lamento e frustração de adversários, no momento da decisão", o partido estará "unidos" porque "a responsabilidade é muito maior do que os projetos pessoais".
O tucanato tem apostado, principalmente, na vitória do PSDB com ações que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral envolvendo suposto uso de recursos ilegais para abastecer o caixa de Dilma, no ano passado. Se a Justiça Eleitoral entender que a reeleição de Dilma foi contaminada, a presidente e o vice serão afastados, e Eduardo Cunha (PMDB) assumirá o Planalto até que uma nova eleição seja convocada.
Aécio ainda classificou a crise política vivida por Dilma como grave, e destacou as ações que correm em diferentes tribunais contra a gestão da petista. Ele afirmou que tem conversado com setores do PMDB que estão dispostos a saltar do barco governista rapidamente, e observou que até alas do PT - "mais próximas a Lula, talvez" - também têm demonstrado forte discordância com o segundo mandato de Dilma, a ponto de admitiram as chances de queda.
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