Trapaças regimentais e espetáculos deprimentes transformam a Casa do Povo na Casa da Mãe
Joana.
Estupro constitucional
Ricardo Melo
(…) Brasília abriga neste momento uma espécie de constituinte pirata, destinada a preservar privilégios presentes e “corrigir” escorregões como o da reeleição. O princípio, adquirido a peso de ouro para eternizar FHC e sua trupe no poder por anos e anos, como dizia Sérgio Motta, deu errado. Resultou em anos de administração petista. Mesmo sem entrar no mérito deste período, tem-se a velha história do feitiço traindo o feiticeiro.
Agora, chega. No caldeirão do Cunha, cabe tudo. Mandato de cinco anos, fim da reeleição, doações empresariais, voto obrigatório. Quase passou o distritão, que transformaria as eleições de uma vez por todas em disputa de celebridades irrigada por dinheiro grosso. Uma pergunta: algum desses temas foi submetido ao cidadão que votou em vossas excelências?
A resposta é óbvia. Entre tantos outros, o grande estelionato eleitoral do momento está sendo praticado no Congresso. Basta ver a lógica das votações. Os tucanos, autores do fator previdenciário e da reeleição, hoje posam de arrependidos. Parlamentares petistas endossam medidas contra os trabalhadores e nem corados ficam. Ao lado, o mesmo sujeito que vota por um tipo de doação nas campanhas muda de ideia no dia seguinte. Contra argumentos de caixa, não há regimento nem Constituição que resistam.
Estupro constitucional
Ricardo Melo
(…) Brasília abriga neste momento uma espécie de constituinte pirata, destinada a preservar privilégios presentes e “corrigir” escorregões como o da reeleição. O princípio, adquirido a peso de ouro para eternizar FHC e sua trupe no poder por anos e anos, como dizia Sérgio Motta, deu errado. Resultou em anos de administração petista. Mesmo sem entrar no mérito deste período, tem-se a velha história do feitiço traindo o feiticeiro.
Agora, chega. No caldeirão do Cunha, cabe tudo. Mandato de cinco anos, fim da reeleição, doações empresariais, voto obrigatório. Quase passou o distritão, que transformaria as eleições de uma vez por todas em disputa de celebridades irrigada por dinheiro grosso. Uma pergunta: algum desses temas foi submetido ao cidadão que votou em vossas excelências?
A resposta é óbvia. Entre tantos outros, o grande estelionato eleitoral do momento está sendo praticado no Congresso. Basta ver a lógica das votações. Os tucanos, autores do fator previdenciário e da reeleição, hoje posam de arrependidos. Parlamentares petistas endossam medidas contra os trabalhadores e nem corados ficam. Ao lado, o mesmo sujeito que vota por um tipo de doação nas campanhas muda de ideia no dia seguinte. Contra argumentos de caixa, não há regimento nem Constituição que resistam.
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