A manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), funcionou e
ele conseguiu, através de uma emenda do deputado federal Celso Russomano (PRB), recolocar
em votação o financiamento empresarial de campanha; a nova proposta, que insere na
Constituição a permissão das empresas doarem exclusivamente aos partidos - e não aos
candidatos - foi aprovada por 330 votos; 141 deputados votaram contra; com o apoio da
maioria dos líderes, Cunha quebrou um acordo anterior, pressionou aliados e ressuscitou o
tema, que havia sido reprovado na votação da madrugada; após duas derrotas no primeiro dia
de discussão da reforma política, o presidente da Câmara teve nesta quarta (27) uma vitória.
Impressionante.
Depois de reconhecer a derrota e dizer que a reforma política estava enterrada, Eduardo Cunha
Impressionante.
Depois de reconhecer a derrota e dizer que a reforma política estava enterrada, Eduardo Cunha
arranjou um golpezinho para ressuscitar a constitucionalização das doações das empresas para
campanhas eleitorais.“”A Casa se manifestou, ela não está querendo mudar nada. Nenhuma
proposta de acrescer texto à Constituição passou e me parece que nenhuma vai passar. (…) Vai
cair a máscara daqueles dizem que querem reforma política e não votam. O Parlamento decidiu
que tudo fica como está”, disse Cunha.
É cartesiano.
Como o tema foi rejeitado por não alcançar número e a Constituição proíbe a sua reapreciação na
mesma legislatura, o processo “descoberto” por Cunha é uma violação do texto constitucional.
Um golpe, em português claro.
Um golpe, em português claro.
Mas, infelizmente, não há na Câmara muitos que tenham a coragem de denunciar o que está sendo
feito.
Saudade dos tempos em que até entre bandidos os tratos eram cumpridos.
_________________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário