sexta-feira, 24 de abril de 2015

Futuro da Globo está negativado !


Faturamento fora da tevê aberta já será maior em 2015… Mau sinal…

O PiG cheiroso (ver no ABC do C Af) dedica 17 páginas das 36 de seu caderno “Eu & Fim de
Semana” aos 50 anos da Globo: “Gigante Desafiada”.
Contém entrevista dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – com o competente 
Matías Molina, autor de livros indispensáveis – “Os Melhores Jornais do Mundo” e “História dos 
Jornais no Brasil”.
Da entrevista é possível perceber o que sustenta o “plano de negócios” da Globo.
Em pilares frágeis, como se verá.
O primeiro pilar é a suposição, a esperança vã de que os anunciantes continuarão a pagar a tabela de 
preços de publicidade da Rede Globo – muitas vezes com aumento -, diante da audiência cadente da 
tevê aberta.
Que os próprios entrevistados admitem.
E quem mais perde é a Globo.
A premissa de que nenhuma mídia tem o alcance da tevê aberta, quando se trata de uma campanha 
nacional de larga penetração, não resolve o problema – o buzilis é pagar muito por um alcance 
menor.
Ah, mas a internet ainda não é uma mídia relevante…
É ?
Os próprios entrevistados admitem que o segundo maior destino de publicidade no Brasil, hoje, não 
é a Record, nem o SBT, mas…, mas o Google. (O Google vai googlar a Globo.)
É uma questão de tempo.
Dizia-se na Globo que o Roberto Marinho, se pudesse, interrompia o movimento da Terra em torno 
do Sol…
É uma questão de tempo a dispersão na mídia atingir o sistema digestivo da Globo de forma 
cancerígena.
Com BV e tudo.
Aquele BV que quer botar o Pizzollatto na cadeia, mas na Globo é sacrossanto.
Segundo pilar.
Neste ano de 2015 – que, se depender do jornal nacional e da Urubóloga, assistirá ao Apocalipse da 
Economia brasileira… -, em 2015, dizem os entrevistados, a receita da venda de conteúdo da Globo 
será maior que o faturamento com publicidade!
Bingo ! 
A quem a Globo vende conteúdo?
À tevê por assinatura !
Quem a mobilidade vai matar também, no Brasil – e já matou nos EUA?
A tevê por assinatura !
(Veja nesse estudo americano como a mobilidade destrói a teve aberta, o desktop e a tevê por 
assinatura.)
(E aqui se vê como a Netflix passou a CBS americana.)
E o que a Globo vende à tevê por assinatura?
Direitos esportivos !
E a Fox, hein, amigo navegante ?
O Rupert Murdoch, um notório palerma, como se sabe, vai deixar os filhos do Roberto Marinho 
fazerem com ele o que fizeram na tevê aberta brasileira?
Ah, dizem os entrevistados do Valor, o nosso negócio é produzir conteúdo de qualidade e vender a 
qualquer plataforma.
Ah, mas, nenhuma plataforma paga as contas, como a rede de tevê aberta, cara pálida.
A tevê por assinatura, o G1, o Globo online ou o moribundo O Globo não faturam o que a tevê 
aberta fatura(ava).
Sem a tevê aberta, tudo isso junto não paga aquele cenário do “projeto Bonner”, o que demonstrou 
que a Globo não apoiou a ditadura.
A hegemonia da Rede Globo durou muito.
Tanto assim, que ela decidiu entregar duas horas e meia de programação diária às praças.
A Globo deve a sobrevivência à covardia dos governos trabalhistas!
A tecnologia, inevitavelmente, se incumbirá de convocar as exéquias.

Em tempo: o Valdir Macedo leu a breve entrevista do Valor e reafirma: não compra a Globo! A 
audiência não paga as contas.

Em tempo2:
o amigo navegante já percebeu que o patrocinador do jn é a Crefisa, uma empresa 
financeira que oferece em 24 horas crédito a quem está negativado ?
O jornal nacional já esteve em companhia mais nobre…

Paulo Henrique Amorim
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