PMDB o Partido dos achacadores, fez "manobra maquiavélica" ao colocar na rua uma
sondagem a Eliseu Padilha para a coordenação política como se fosse um convite e conseguiu
impor mais um desgaste à presidente Dilma, avalia Tereza Cruvinel, colunista do 247; "Com
isso, o atual ministro da SRI, Pepe Vargas, perdeu as condições de continuar na pasta, acham
os principais líderes no Congresso", diz a jornalista; ministro pode pedir demissão ainda hoje e
Padilha, da Aviação Civil, recusou o cargo; enquanto isso, o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, "está faturando a recusa de Padilha como mais uma vitória dele, que teria vetado a
transferência"; restam poucos possíveis substitutos, segundo Tereza: o líder José Guimarães, o
deputado Ricardo Zarattini e Ricardo Berzoini, que teria de deixar a pasta de Comunicações.
Por Tereza Cruvinel
O PMDB, mais uma vez, tripudiou sobre o governo Dilma com a recusa da coordenação política pelo ministro Eliseu Padilha. A manobra foi maquiavélica: o partido colocou na rua uma sondagem a Padilha como se fosse um convite e conseguiu impor mais um desgaste à presidente Dilma. Com isso, o atual ministro da SRI, Pepe Vargas, perdeu as condições de continuar na pasta, acham os principais líderes no Congresso. Dilma vai reunir-se com os líderes aliados no final da tarde para discutir novos rumos para a articulação política entre o Governo e o Congresso.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está faturando a recusa de Padilha como mais uma vitória dele, que teria vetado a transferência do atual ministro da aviação civil para a SRI. A verdade é que Padilha concluiu que não teria instrumentos para garantir a fidelidade e os votos da maioria da bancada do PMDB, que hoje presta vassalagem a Cunha. Qualquer ministro da coordenação politica, seja de que partido for, não terá êxito se Dilma não lhe delegar autonomia para negociar com o Congresso. Isso pressupõe uma relação de confiança que ela teria com poucos políticos de sua base.
E muito menos com os peemedebistas, a partir do momento em que Eduardo Cunha passou a dominar o partido e a própria agenda da Câmara. Lula teve coordenadores políticos não petistas, como Aldo Rebelo, do PC do B, e Mares Guia e José Mucio, do PTB. No quadro atual, não é fácil encontrar nomes assim, com trânsito em toda a base. Um nome do PSD, por exemplo, seria trucidado pelo PMDB, que acusa o governo de ter fortalecido a sigla de Gilberto Kassab para lhe minar as forças.
Se hoje ainda Pepe Vargas pedir demissão, como se espera no Congresso que aconteça, Dilma poderá optar por um petista que tenha trânsito mais largo. Arlindo Chinaglia, um habilidoso articulador, deve ser descartado porque disputou com Eduardo Cunha a presidência da Câmara. Restam o líder José Guimarães, o deputado Ricardo Zarattini e Ricardo Berzoini, que teria de deixar a pasta de Comunicações. Foi durante sua curta passagem pela SRI, no primeiro mandato, que Dilma teve sua fase de melhor relacionamento com o Congresso.
Seja qual for a solução para o imbróglio da coordenação política, a pergunta que não cala continua no ar: o que quer o PMDB, que faz parte do governo mas dispensa a oposição em matéria de desgastar Dilma.
Por Tereza Cruvinel
O PMDB, mais uma vez, tripudiou sobre o governo Dilma com a recusa da coordenação política pelo ministro Eliseu Padilha. A manobra foi maquiavélica: o partido colocou na rua uma sondagem a Padilha como se fosse um convite e conseguiu impor mais um desgaste à presidente Dilma. Com isso, o atual ministro da SRI, Pepe Vargas, perdeu as condições de continuar na pasta, acham os principais líderes no Congresso. Dilma vai reunir-se com os líderes aliados no final da tarde para discutir novos rumos para a articulação política entre o Governo e o Congresso.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está faturando a recusa de Padilha como mais uma vitória dele, que teria vetado a transferência do atual ministro da aviação civil para a SRI. A verdade é que Padilha concluiu que não teria instrumentos para garantir a fidelidade e os votos da maioria da bancada do PMDB, que hoje presta vassalagem a Cunha. Qualquer ministro da coordenação politica, seja de que partido for, não terá êxito se Dilma não lhe delegar autonomia para negociar com o Congresso. Isso pressupõe uma relação de confiança que ela teria com poucos políticos de sua base.
E muito menos com os peemedebistas, a partir do momento em que Eduardo Cunha passou a dominar o partido e a própria agenda da Câmara. Lula teve coordenadores políticos não petistas, como Aldo Rebelo, do PC do B, e Mares Guia e José Mucio, do PTB. No quadro atual, não é fácil encontrar nomes assim, com trânsito em toda a base. Um nome do PSD, por exemplo, seria trucidado pelo PMDB, que acusa o governo de ter fortalecido a sigla de Gilberto Kassab para lhe minar as forças.
Se hoje ainda Pepe Vargas pedir demissão, como se espera no Congresso que aconteça, Dilma poderá optar por um petista que tenha trânsito mais largo. Arlindo Chinaglia, um habilidoso articulador, deve ser descartado porque disputou com Eduardo Cunha a presidência da Câmara. Restam o líder José Guimarães, o deputado Ricardo Zarattini e Ricardo Berzoini, que teria de deixar a pasta de Comunicações. Foi durante sua curta passagem pela SRI, no primeiro mandato, que Dilma teve sua fase de melhor relacionamento com o Congresso.
Seja qual for a solução para o imbróglio da coordenação política, a pergunta que não cala continua no ar: o que quer o PMDB, que faz parte do governo mas dispensa a oposição em matéria de desgastar Dilma.
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