segunda-feira, 27 de abril de 2015

A hora é agora: 6ª feira, 1º de Maio de 2015


Aécio, Cunha, Skaf, Paulinho ‘Boca’ e assemelhados sabem o que fazem. Será que o Dr Moro 
sabe quem é esse tucano ?

A mobilização contra o avanço conservador já não pode tardar. Nada é mais importante do 
que agigantar a força das manifestações neste 1º de Maio. A hora é agora

por: Saul Leblon

Uma semana antes deste 1º de Maio de 2015, 79% da bancada do PSDB na Câmara e uma proporção exatamente igual do PMDB votaram pelo desmonte dos direitos trabalhistas no Brasil. À petulância conservadora o PT respondeu com 100% dos votos em defesa da CLT; o mesmo fez o PSOL.
O cálculo do cientista André Singer encerra grave advertência e uma incontornável convocação.
O conservadorismo considera que é hora e há ‘clima’ para esfolar os assalariados brasileiros, sangrar a esquerda e colocar de joelhos os sindicatos. Um pouco como fez Margareth Tatcher contra os mineiros na emblemática greve de 1984.
Aécio, Cunha, Skaf, Paulinho ‘Boca’ e assemelhados sabem o que estão fazendo.
Rompido o lacre da regulação do trabalho, a ganância dos mercados reinará absoluta na dinâmica do desenvolvimento brasileiro, como aconteceu na ascensão do neoliberalismo com a derrota sindical inglesa de 1984.
A ordem unida da mídia, dos patrões, tucanos e pelegos em torno da agenda da terceirização condensa assim um divisor de época.
Só há uma resposta à altura para isso na História: a construção de uma frente ampla progressista, que comece por ocupar as ruas do Brasil nesta sexta-feira, para devolver ao 1º de Maio o seu sentido e aos democratas um instrumento capaz de reverter o golpe branco que tomou de assalto o país.
Muito do que acontecerá no Brasil nos próximos dias, meses e anos refletirá a abrangência dessa mobilização.
Inclua-se aí a rejeição da PL 4330, mas também o desfecho da espiral golpista travestida de faxina política de seletividade autoexplicativa (leia a análise de Najla Passos; e os editoriais de Joaquim Palhares e de Saul Leblon.)
Nada é mais importante do que agigantar a força das manifestações contra os coveiros da CLT e da democracia social neste 1º de Maio.
Informe-se junto ao seu sindicato, reúna os amigos, convide os colegas de trabalho.
Não cabe mais perguntar que horas são.
O tempo é de dar respostas – nas ruas.
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Nota do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: Greve na Mercedes é suspensa após 
cancelamento das 500 demissões anunciadas para dia 4 

Movimento fica suspenso até dia 18 de maio, quando haverá nova negociação após balanço de adesões ao novo PDV
Em assembleia realizada na manhã de hoje, 27, pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os trabalhadores na Mercedes-Benz de São Bernardo decidiram suspender a greve até o dia 18 de maio. A decisão foi tomada após o anúncio da proposta encaminhada pela empresa, que inclui o cancelamento das demissões de 500 trabalhadores previstas para o dia 4 de maio, a prorrogação do layoff até o dia 15 de junho e abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) para todos os trabalhadores da fábrica.
“Em 18 de maio já tem negociação marcada do Sindicato com a empresa para avaliar o resultado do PDV. Se o resultado reduzir e der conta de administrar o excedente, estará resolvido. Se não, haverá nova negociação e a mobilização será retomada com a mesma força e garra”, explicou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, ressalta que, apesar do quadro difícil em que estão sendo feitas as negociações com a empresa, foi encontrada uma boa saída para o momento. “Conseguimos barrar as demissões sumárias, que não podíamos aceitar. Agora, com a prorrogação do layoff e um PDV com melhores condições para os trabalhadores, vamos continuar a negociação com a empresa. Não está tudo resolvido, mas conseguimos um bom encaminhamento. E isso só se deu por força da mobilização dos companheiros”, destaca.
“A greve e o acampamento montado nas portarias da fábrica foram importantes para resistir e mostrar a nossa luta pelo emprego. O movimento deu condições de a empresa voltar a conversar com compromisso de discutir o excedente de forma negociada”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.
(…)

CUT e movimentos populares realizam 1º de Maio de luta em São Paulo

Defesa dos direitos trabalhistas – em especial um vigoroso “não” ao PL 4330, pela retirada das MPs 664 e 665 do Congresso Nacional – , da democracia, da Petrobras e da reforma política são as principais bandeiras Dia do Trabalhador (a) em 2015
A CUT, a CTB, a Intersindical, o MST, o MTST, a CMP, a FAF e outras importantes organizações dos movimentos sociais, estudantil e sindical, promovem ato conjunto em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora neste 1º de Maio (sexta-feira), no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.
As principais bandeiras que marcam o evento em 2015 são a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política.
A partir das 09h00 os/as trabalhadores/as e militantes vão se concentrar em três pontos da cidade – Luz, Praça da República/Largo do Arouche e Pátio do Colégio – de onde sairão em marcha até o Vale do Anhangabaú, onde a programação do dia de luta tem início – às 10h00 - com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural.
Só à tarde, a partir às 13h, tem inicio uma programação cultural com shows com Alceu Valença, Leci Brandão, Rappin Hood, GOG, Thobias da Vai-Vai e Elizeth Rosa. Haverá, ainda, espaço de convivência e alimentação, além de unidades móveis de atendimento e outros serviços à população.
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Clique aqui e leia mais sobre os atos do dia 1º de Maio.

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