O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recebeu nesta manhã, em Brasília, petição
formulada pelo Sindicato dos Advogados de São Paulo, que questiona o engavetamento do caso
que envolve o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na Operação Lava Jato; Aécio foi mencionado
pelo doleiro Alberto Youssef como "dono" de uma diretoria em Furnas e beneficiário de
pagamentos mensais de US$ 120 mil realizados pela empresa Bauruense, subcontratada pela
estatal, entre 1996 e 2000; segundo o advogado Adilmar Assis, que assina a petição, Janot não
poderia ter arquivado o caso; "No inquérito, pois, utiliza-se o princípio do in dubio pro
societate (em dúvida, pela sociedade). Somente em Juízo, depois de instaurado eventual
processo penal, é que se segue o in dubio pro reu (em dúvida, pelo réu)", afirma; leia a íntegra.
247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recebeu, nesta manhã, uma petição oferecida
247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recebeu, nesta manhã, uma petição oferecida
pelo Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP), que questiona o engavetamento do caso que
envolve o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na Operação Lava-Jato.
Assinada pelo advogado Adilmar Assis, presidente do SASP, a petição afirma que Janot não poderia
Assinada pelo advogado Adilmar Assis, presidente do SASP, a petição afirma que Janot não poderia
ter arquivado o caso sem, antes, investigá-lo. "No inquérito, pois, utiliza-se o princípio do in dubio
pro societate (em dúvida, pela sociedade). Somente em Juízo, depois de instaurado eventual processo
penal, é que se segue o in dubio pro reu (em dúvida, pelo réu)", afirma.
O documento afirma, ainda, que o próprio senador Aécio deveria defender a investigação. "Perceba:
O documento afirma, ainda, que o próprio senador Aécio deveria defender a investigação. "Perceba:
o próprio parlamentar teria muito a ganhar com a instauração de uma investigação criminal. Isso
porque se nenhuma relação ele tem com quaisquer fatos ilícitos ventilados pela peça chave da
Operação Lava Jato e pelo delator-premiado Alberto Youssef, obviamente que, ao final, uma cabal
manifestação Ministerial que deixe evidente a ausência de justa causa para eventual ação penal será
muito mais benéfica ao Senador em tela do que a promoção de arquivamento levada a cabo. Do
modo como foi feita, a promoção de arquivamento trouxe mais dúvidas sobre a figura do Senador",
diz o texto.
Em uma de suas delações premiadas, o doleiro Alberto Youssef afirmou que uma das diretorias de
Furnas, a de Dimas Toledo, era dividida entre o ex-deputado José Janene, já falecido, e o então
deputado Aécio Neves. Por meio dessa diretoria, teria sido contratada a empresa Bauruense, que
pagaria um mensalão entre US$ 100 mil e US$ 120 mil, entre 1996 e 2000 (assista aqui o vídeo).
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