quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Strauss-Kahn, as orgias, o FMI e a Petrobras



Por Fernando Brito

Dominique Strauss-Khan, acusado de cafetinagem, que veio à tona após o rumoroso caso da tentativa 
de violação de uma camareira nos Estados Unidos.
Khan nega as acusações de cafetinagem e diz que apenas participava – quatro vezes por ano – de 
orgias, junto com a nata do empresariado mundial.
Diz, em sua própria defesa, que “estava ocupado, salvando o mundo durante a crise financeira”.
Perdoem-me, mas não é o FMI o supra-sumo da governança corporativa mundial?
Não é ele quem dita, inclusive, as regras pelas quais infelizes países, como o Brasil de FHC e a Grécia, 
agora, devem ser governados.
E as “figuras do empresariado internacional”, também não estavam ali exercendo a “austeridade” que 
apregoam, pagando modestamente (apenas 900 euros, cada) às meninas que se prostituíam, enquanto, 
salvavam o mundo demitindo aos milhares os trabalhadores?
Pelas teorias da mídia brasileira, Khan era um indicado pelos governos da Europa e dos EUA, não é?
Não era uma alta figura do Partido Socialista Francês, liderando a ala neoliberal, pré-candidato a 
Presidente?
Não se tem notícia de que o FMI tenha sido abalado por isso.
E não se diga que os delitos de Khan eram apenas de “comportamento pessoal”, porque antes de sua 
ascensão ao FMI enfrentou outros, de natureza financeira, dos quais foi absolvido por falta de provas.
Mas aqui, bastaria que Khan apontasse as negociatas envolvendo os países que o FMI punha contra a 
parede e estaria na situação de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.
E ajudasse a destruir o FMI, como se faz com a Petrobras.
Mas, como lá eles sabem bem o que lhes interessa, Khan vai à fogueira moral sem apelação.
E o FMI segue, sem sequelas, fazendo o que tem de fazer: controlar e policiar a “moralidade” do 
mundo.
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