quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

LULA: 'SE QUEREM GUERRA, EU SEI LUTAR TAMBÉM'


O ex-presidente Lula disse, nesta terça-feira (24), que está pronto para ir para as ruas 
"defender a Petrobras, defender a reforma política e a democracia"; segundo ele, "começamos 
uma luta e essa luta vai demorar"; discurso foi feito durante ato em defesa da Petrobras, que 
ocorreu na sede da ABI, no Rio de Janeiro; "O mais importante legado que minha mãe deixou 
foi o direito de eu andar de cabeça erguida e ninguém vai fazer eu baixar a cabeça neste país. 
Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, 
eu sei lutar também", desafiou; o ex-presidente também defendeu que a presidente Dilma 
Rousseff "não dê trela" para as polêmicas; "A Dilma tem que lembrar que ganhou eleição, 
levantar a cabeça e cuidar do país", afirmou; antes do início do ato, houve briga entre 
petroleiros e manifestantes que protestavam contra corrupção na estatal,

Nesta terça-feira (24), em ato em defesa da Petrobras, o Presidente Lula condenou o papel exercido pela imprensa nas denuncias de corrupção na petroleira.
Segundo ele, a imprensa realiza um pré-julgamento dos acusados.
“Li a biografia do Getúlio e tento imaginar o que acontece no Brasil neste momento. É o aconteceu com Juscelino, Jango, Getúlio e comigo em 2005″, lembrou.
“Eles continuam fazendo hoje o que sempre fizeram. A ideia é criminalizar antes de ser julgado. Você tem que ser criminalizado pela imprensa. Se eu conto uma inverdade muitas vezes ela vira verdade”, afirmou no auditório da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro.
O evento, que foi organizado por movimentos sociais, entre eles a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), contou com a presença de intelectuais que veem, na construção da crise, uma tentativa de enfraquecer a empresa.
“O objetivo é criminalizar também a política. Toda vez que tentaram isso, o resultado foi sempre pior. Na Itália, foi Berlusconi”, disse Lula.
“Não precisa mais de justiça. Se a imprensa falou está falado. Mas cheguei à Presidência duas vezes sem ela”, declarou.
Para Lula, a Presidenta Dilma tem que se preocupar em governar o país.
“A Dilma tem que deixar a investigação da Petrobras com a justiça. Ela tem que levantar a cabeça e dizer:’eu ganhei as eleições e vou governar o país’. Parece que temos vergonha de ganhar a eleição”, afirmou o Presidente.
“Eles [a oposição] estão desaforados. Em vez de chorar, vamos defender o que é nosso”, concluiu Lula.

CUT defende a Ley de Medios

Em seu discurso, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, justificou a realização do evento e opinou sobre o papel da imprensa na atual situação da Petrobras.
“Não pensem que essa campanha é para evitar que se a Petrobras a preço de banana ou um ato isolado contra a direita golpista. É um ato contra uma mídia que não aceita o resultado das urnas”, disse.
“Precisamos de uma reforma democratica nos meios decomunicaão. O que a mídia faz é oposição aos trabalhadores. A direita não suporta o povo brasileiro, o Lula, a Dilma, a CUT…”
“Dia 13, todos as ruas para defender a Petrobras e contra manipulação da opinião pública para desmanchar a Petrobras e contra o golpe”.

Sergio Moro e a Operação Lava Jato

O jurista Wadih Damous, da OAB-RJ, fez duras críticas a Sergio Moro, juiz federal responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava Jato que tramitam na 1ª instância
Ao compará-lo ao ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, Damous citou a necessidade de defesa da Petrobras.
“Não podemos aceitar que o seu sucessor [de Joaquim Barbosa], nas glórias dos holofotes, que em nome do combate à corrupção, afronte os direitos conquistados pelo povo brasileiro. Esse história de delação premiada funciona como chantagem ou tortura, é troca subalterna. É medo e intimidação.”, afirmou.
“O que ocorre desde o mensalão é a presunção de culpa, ou seja, antes que seja provado todos são culpados. A defesa da Petrobras passa pela defesa do Estado Democrático de Direito”, completou.

Apoio dos movimentos

O líder nacional do Movimento Sem Terra, João Pedro Stedile, garantiu que “marchará” junto com os petroleiros em defesa da Petrobras.
Para ele, é preciso que o Presidente Lula “volte as ruas”.
“Lula, venha para as ruas, venha para as caravanas e marcharemos contigo. Marcharemos com os petroleiros para o que der e vier, pois o que está em jogo é quem ficará com a riqueza do petroleo e do gás”, conclamou.
“Petrobrás única forma de construirmos uma economia brasileira a favor do povo e a a corrupção brasileira só será resolvida com uma Reforma Política”, opinou.

Abaixo, outra frases de Lula e outros participantes:

Pobre não queria lavar roupa, mas uma máquina.
“Estamos vendo no Brasil é a criminalização da ascenção social de parte da sociedade brasileira. Na campanha, era ofensivo a pessoa ser do ProUni. A elite não se conforma com a ascensão social nesse país. Os pobres subiram um degrau”, continuou Lula.
Em 2002, fiz a campanha defendendo a indústria naval e o conteúdo nacional.
Tenho orgulho da Petrobras e de ter feito dela uma das mais importantes do planeta
O Conselho de Defesa da Unasul foi a resposta à 4a Frota americana que veio vigiar o Pré-sal.
Não podemos jogar a Petrobras fora por causa de meia dúzia de pessoas.
Sou filho de pai e mãe analfabetos. O mais importante legado que minha mãe deixou foi o direito de andar com a cabeça erguida.
honestidade não é mérito, é obrigação.
Eu quero paz e democracia. Mas se eles não querem nós sabemos brigar também.
Sabemos ir para rua, ainda mais se o exercito do Stedile estiver ao nosso lado

Eric Neponuceno:

Muito importante o ato.
É dever de cada um sairmos de nós com noção clara do que está em perigo
quem cometeu maus feitos, tem que ser investigado, julgado e punido.
A empresa é maior do que isso. É maior do que todos nós.
É clara [a campanha]: é mais do que hora de a gente tomar a inicitiva: a Petrobras é de todos nós.

Virgínia Barros, presidente da UNE:


Defender a Petrobras é defender o povo brasileiro. Viva a Petrobras
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