sábado, 21 de fevereiro de 2015

Indústria de mentiras sobre Lula funciona sem parar há 25 anos



Todos sabem qual foi a primeira grande mentira pública sobre Lula. No segundo turno da campanha eleitoral à Presidência de 1989, Miriam Cordeiro, ex-namorada do então candidato do PT à Presidência, Lula, apareceu no programa eleitoral de seu adversário, Fernando Collor, para acusar o pai de sua filha Lurian de supostos defeitos morais.



Rapidamente, Lula conseguiu direito de resposta no Tribunal Superior Eleitoral. A eleição em segundo turno ocorreria em poucos dias e não havia tempo a perder.



Porém, já era tarde. Ficara a versão de Lula contra a da ex-mulher. Ela o acusara de ser “racista”, “abortista” e de desprezar a filha que tinham tido, Lurian. O prejuízo eleitoral era insanável.
Lula ainda tentou uma última cartada para desfazer a farsa. A pedido da filha, então adolescente, levou-a ao seu programa eleitoral, porém sem que ela abrisse a boca, o que só faria publicamente muitos anos depois, confirmando tudo o que o pai afirmara sobre a relação dos dois naquele final de 1989.



A menina muda ao lado de Lula não foi tão convincente quanto a verborragia de uma ex-mulher que o odiava e que, além disso, tinha bom$ motivo$ para difamá-lo. Anos mais tarde, em entrevista ao Jornal do Brasil, Miriam Cordeiro revelou que fora paga por Collor para caluniar o pai de sua filha naquele infame programa eleitoral.





Pulemos um quarto de século. Final de 2014, dezembro. O Jornal O Globo, que apoiara a estratégia eleitoral de Collor contra Lula, em 1989, divulga matéria afirmando que Lula seria dono de um imóvel de luxo no Guaruja, que estaria reformando, apesar de que o ex-presidente nem tinha as chaves.


Aquela deve ter sido a milionésima mentira assacada contra o ex-presidente da República ao longo de sua carreira política. Mas talvez nem o próprio Lula tenha se dado conta de que aquela mentira era especial, porque fora espalhada no aniversário de 25 anos da primeira grande calúnia que sofreu, a que usou Miriam Cordeiro.
Nem um mês depois, agora na primeira semana de janeiro último, surge outra
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