ADAMS: NÃO SE MATA EMPRESA PARA ARRANCAR CONFISSÃO
Advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, criticou a ação do Ministério
Público de tentar ampliar o número de delações na operação Lava Jato, por meio de ameaças
econômicas: “O foco deles é o penal, e nesse sentido, subordinar o processo administrativo ao
penal. Isso está errado, legalmente e conceitualmente. Quando você faz isso, você força o
estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões”; na semana
passada, o procurador Deltan Dallagnol ajuizou cinco ações de improbidade administrativa
cobrando a devolução aos cofres públicos de R$ 4,47 bilhões, como punição “exemplar” contra
a corrupção; “Não estamos falando de um sócio da empresa ou de um diretor, mas de milhares
de funcionários e milhares de fornecedores que não têm nada a ver com o assunto”, alertou
Adams; para empresários, Lava Jato é o 'elefante colocado na sala' da economia.
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