segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

OS BACANAS E A MILITANCIA DO PT


Paulo Rocha, senador eleito pelo PT ao lado de Márcio Miranda (DEM) e Marcelo, editor da 
revista "Bacana".


O senador eleito pela coligação Todos Pelo Pará, que recebeu 1.399.976 (Hum milhão, trezentos e 
noventa e nove mil e novecentos e setenta e seis votos), Paulo Rocha tem sido visto saltitante pelas 
festas de confraternizações e comemorações de nobres segmentos da sociedade paraense, que antes 
consideravam sindicalistas e petistas, uma praga que deveria ser extinta. Hoje, prestam-lhe até 
homenagens!
Terça-feira (16), Paulo Rocha esteve no Hangar, onde foi homenageado com a capa da Revista 
Bacana, produto de um colunista da High Society belenense, o qual se apelida de Marcelo "Bacana". 
A festa, destinada para apenas 600 convidados, segundo um dos convidados, "teve a presença de 
menos de 30 pessoas do partido do senador, ou seja, 5% do total", concluiu como se estivesse 
assustado com a quantidade. 
Ainda segundo informações deste convidado, uma página da "revista do bacana", pode chegar a custar 
cerca de 10 mil reais e o homenageado banca 70% do custo da festa de lançamento da publicação.
Sábado (20), em um sítio de Ananindeua, Paulo Rocha reuniu os "mais chegados" em um almoço mais 
popular, mas igualmente restrito. Nele estavam o presidente do PMDB no Pará, Helder Barbalho e 
algumas lideranças mais alinhadas ao grupo interno do senador petista.
Segundo postagens nas redes sociais de uma dirigente do PT, a festa era destinada aos coordenadores 
da campanha do senador. A justificativa não satisfez parceiros e colaboradores de outros partidos, 
principalmente militantes do PT e do PCdoB, que em grupos fechados, nas mídias digitais usadas para 
a campanha eleitoral, reclamam de só serem convidados de dois em dois anos para atuarem nas 
eleições e serem excluídos dos "bons momentos" e das festas de fim de ano. 
Por sua vez, a militância petista que ralou para tocar um processo sem recursos financeiros, como de 
outrora e com a esperança de que seria convidada para pelo menos um Encontro do Partido, antes de 
terminar o ano repleto de tarefas, desafios e frustrações, se vê diante de uma reduzida e inexpressiva 
esquerda paraense. "Talvez, em 2015 as coisas melhorem e haja uma festa com todos, mas esse ano é 
só com os capas", avalia um militante do PT em mensagem privada ao blog.
Chama a atenção, o fato de que estas festas do "senador de todos", tal como era seu slogan de 
campanha, não tenha tido a presença dos principais dirigentes das outras tendências do PT-PA, como 
era de praxes antes de ser eleito. Para um colaborador do blog que prefere não se identificar, "Paulo 
Rocha continua contando com um pouco de sorte e com a credibilidade de uma massa de trabalhadores 
que o vê, como símbolo de uma época, onde a luta de classes colocava trabalhadores e patrões em
lados opostos. 
Hoje, as coisas estão diferentes e parte da esquerda ainda não assimila que os empresários e demais 
partidos adversários, também interferem nas decisões que envolvem os grande líderes da esquerda, 
principalmente do PT. O problema estar em não abrir o jogo e manter a imagem de líder dos 
proletários", finaliza.
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