terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Obama, Putin e a “crise” da Petrobras


O Levy e o Barbosa deveriam calibrar o aperto segundo a nova (e nuclear) Guerra Fria !​

Vamos supor que Larry Elliott, editor de Economia do respeitado The Guardian da Inglaterra, esteja
certo.....

rouble-currency
The west knows all about the vulnerability of Russia’s economy. When the introduction of sanctions 
over Russia’s support for the separatists in Ukraine failed to bring Vladimir Putin to heel, the US 
and the Saudi Arabians decided to hurt Russia by driving down oil prices. Both countries will face 
some collateral damage as a result – and this could be considerable in the case of the US shale 
sector – but both were prepared to take the risk on the grounds that Russia would suffer much more 
pain. This has proved to be true.

… que os Estados Unidos e a Arabia Saudita decidiram matar a Russia – mais de 50% das receitas do 
Estado saem do petroleo e do gás – PHA – com a derrubada dos preços do petróleo. 
Os dois países vao sofrer efeito colateral, como resultado. Especialmente o setor de gas de xisto dos 
Estados Unidos (cujo break-even é US$ 70 o barril de petroleo – PHA). Mas, Estados Unidos e 
Arabia Saudita resolveram correr o risco, porque a Russia sofreria muito mais do que eles. E foi o que 
aconteceu.
Obama resolveu recriar a Guerra Fria contra a Rússia desde a re-anexação da Crimeia.
A Rússia ajuda a Síria.
Que hostiliza Israel.
Obama e Israel não conseguiram derrubar o Governo sírio.
A queda do preço do petróleo atinge também o Irã.
Que hostiliza Israel, mas, como é xiita, ajuda a hostilizar os radicais sunitas do ISIS no Iraque, que os 
EUA hostilizam.
A Arabia Saudita é colônia dos Estados Unidos: como o México – que também se ferra com a queda 
dos preços do petróleo – Porto Rico, Israel, Egito e a Inglaterra.
Como colônia era o Brasil nos tempos do FHC.
E seria se o Aécio Never ou a Blablarina ganhasse.
Além de ferrar a indústria do xisto, Obama pode dar um tiro no pé de Wall Street.
Quantas empresas de petróleo, endividadas em Wall Street, quebrarão, se o preço do petróleo continuar 
tão baixo ?
Quantos produtores de petróleo e refinarias americanas fecharão ?
Wall Street vai quebrar junto, como quebrou quando os bancos quebraram ?
A Rússia ajuda a Síria, o Irã e combate o ISIS no Iraque.
A Rússia tem (muita) bomba atômica e acaba de fechar um negocio para construir 20 usinas nucleares 
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A Rússia é a maior construtora de usinas nucleares do mundo.
A Rússia acaba de fechar um acordo de fornecimento de gás para a China, em troca de obras de 
fornecimento-de-gas-russo.html.
A crise atual da queda dos preços internacionais do petróleo e a desvalorização da moeda russa são a 
primeira fase sinistra do que se avizinha como uma crise econômica, política – e militar ! – de graves 
proporções.
Os Estados Unidos serão capazes de fazer muitos sacrifícios – até provocar uma nova recessão
mundial que os atinja no coração de Wall Street – para manter a hegemonia e destruir o arqui-rival, a Rússia.
O Pentágono manda mais que o Ministro da Fazenda !
E o Putin vai ficar parado ?
O Conversa Afiada oferece essas modestas observações ao amigo navegante, para não se contaminar 
com as asnices provinciais dos colonistas pigais, que decretaram: a ação da Petrobras caiu na Bolsa, 
porque o Cerveró tem o olho caído !
Talvez fosse o caso de o Levy e o Barbosa – não se esqueçam do Barbosa ! - deixarem de ler o Globo 
para se valer do Guardian.
E calibrar o aperto de acordo com a nova Guerra Fria !

Paulo Henrique Amorim
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