segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Fux impediu o golpe paraguaio de Gilmar


Luis Nassif

Começam a ficar claras as razões que levaram o Ministro Gilmar Mendes a aprovar as contas de 
campanha de Dilma Rousseff.
Tudo encaminhava para a rejeição:
-  A campanha prévia da mídia preparando o clima;
-  A ofensiva do PSDB estimulando as manifestações de rua, que levaram até o insondável José Serra 
para a linha de frente;
-  O empenho de Gilmar em convocar áreas técnicas do Banco Central, COAF, Receita e TCU para 
proceder a um pente fino nas contas;
-  O parecer técnico da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, condenando as contas e 
amplamente enviezado, a ponto de enquadrar como falta grave o mero fato de máquinas trituradoras de 
papel terem sido declaradas como bens não duráveis;
-  O próprio voto de Gilmar, destoando completamente de sua própria decisão final, de aprovar as 
contas, ainda que com ressalvas.
Gilmar voltou atrás quando percebeu que seria derrotado em plenário. A corte é composta por 7 
ministros. Votam seis. Havendo empate, o voto de Minerva é do presidente.
Contra Dilma havia o voto de Gilmar Mendes e de João Otávio Noronha, ligado a Aécio Neves. Com 
mais um voto, no mínimo haveria empate e a decisão final sobre o mandato de Dilma seria de Toffoli.
A batalha maior foi em torno do voto de Luiz Fux. 
Apesar da insistência de Gilmar, Fux não aceitou matar no peito e votar pela rejeição das contas de 
Dilma. 
Sem chance de vitória, Gilmar acabou recuando no seu voto.
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