quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Como o governo do PT banca a pior mídia do planeta



por : Leandro Fortes

O recente levantamento publicado pela “Folha de S.Paulo” sobre despesas de publicidade do governo 
federal, nos últimos 14 anos, 12 dos quais sob o comando do PT, é, ao mesmo tempo, um espanto 
estatístico e um desalento político.
Foram 15,7 bilhões de reais despejados, prioritariamente, em veículos de comunicação moralmente 
falidos e explicitamente a serviço das forças do atraso e da reação. Quando não, do golpe.
O mais incrível é que 10 entre 10 colunistas cães de guarda da mídia não perdem a chance de abrir a 
bocarra para, na maior cara de pau, acusar blogueiros de receber dinheiro do governo para falar bem 
do PT.
Ainda que fosse verdade (99% dos blogueiros não recebem um centavo de ninguém), ainda assim, não 
seria injusto.
Isso porque somente a Globo recebeu 5 bilhões de reais dos cofres públicos para, basicamente, falar 
mal do PT. Nada menos que 1/3 de todo dinheiro gasto com publicidade pelo governo federal.
E se pode, ainda, colocar mais 1 bilhão de reais por fora, valor atualizado da sonegação de impostos 
com a qual a Globo está envolvida.
Sem falar na Editora Abril, responsável pelo esgoto da revista Veja.
Apesar do histórico de invencionices, o balcão dos Civita faturou quase 300 milhões (!!) de reais de 
grana do contribuinte para produzir lixo tóxico disfarçado de jornalismo.
Isso significa que o negócio do jornalismo no Brasil, sempre tão ávido em apontar o dedo para o 
governo, simplesmente, não vive sem o dinheiro da Viúva.
Esse levantamento reforça a tenebrosa impressão de que os governos do PT foram definitivamente 
dominados pelos oligopólios da mídia de forma a garantir-lhes renda líquida e necessária, mesmo que a 
contrapartida seja a fatura conhecida de todos: calúnia, difamação, injúria, mentiras, boatos, 
assassinatos de reputação e ataques editoriais.
Por essa razão, tornou-se imperiosa a necessidade de se fazer, imediatamente, uma revisão geral dos 
critérios de aplicação de publicidade oficial nessas máquinas privadas de sucção de dinheiro público.
Em um mundo virtual, onde a comunicação de rede trabalha com audiência de milhões de pessoas em 
torno de um único post nas redes sociais, tornou-se totalmente obsoleto o tal “critério técnico”, seguido 
como evangelho pelo governo federal.
Está bem claro quem são os beneficiários dessa armadilha burocrática mantida intacta pelo Palácio do 
Planalto.
E, é bom que se diga, isso nada tem a ver com regulação da mídia, nem se inclui em qualquer dessas 
falsas polêmicas relativas a liberdade de imprensa e de expressão – tão caras a moralistas e hipócritas a 
soldo das empresas de comunicação.
Trata-se de acabar com um sorvedouro de dinheiro público.
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